INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis representam a maior causa de mortes no mundo, com acometimento de 63% da população em 2008. A maioria desses óbitos está relacionada a doenças do aparelho circulatório, ao câncer, à diabetes e às doenças respiratórias crônicas. Nesse contexto, a diabetes, que é uma doença crônica não transmissível, é um problema grave de saúde pública no Brasil, com 26 milhões de casos no ano de 2017 com projeção de 42 milhões de caso para 2045. Existem vários tipos de diabetes, entre eles destaca-se a mellitus, a qual está relacionada ao defeito no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas causados pela ausência de secreção do hormônio insulina, como também pela diminuição da sensibilidade dos tecidos a insulina. Dentro dessa classificação de diabetes mellitus, ainda existem dois tipos diferentes, a tipo 1 e a tipo 2. A diabetes tipo 2 é o tipo mais comum, representando cerca de 90% de todos os casos e está relacionada à diminuição da sensibilidade dos tecidos-alvo ao efeito metabólico da insulina, ou seja, resistência insulínica. Essa resistência a insulínica impede a captação eficiente e a utilização da glicose pela maioria das células do organismo, exceto pelo cérebro. Os principais fatores de risco da diabetes tipo 2 são o histórico familiar de diabetes, o excesso de peso, a dieta não saudável, o sedentarismo e a pressão alta. Os sintomas dessa patologia crônica incluem poliúria, polidipsia, polifagia, xerostomia, cansaço e fadiga. O tratamento dessa enfermidade está relacionado a adoção de um estilo de vida saudável, bem como medicamentosa oral, sendo os principais a metformina e as sulfonilureias. OBJETIVO: O intuito desse estudo foi a determinação do perfil epidemiológico da diabetes mellitus tipo 2 no estado do Piauí e a importância da sua prevenção através da informação sobre os riscos que o excesso de peso e o sedentarismo podem acarretar como fatores que favorecem o acometimento por essa doença. METODOLOGIA: Este é um estudo descritivo de dados secundários coletados através de busca no banco de ados do DATASUS-TABNET, utilizando os descritores em saúde: diabetes mellitus, diabetes mellitus tipo 2, prevenção, fisiopatologia, obesidade, onde foram analisados dados de casos confirmados de diabetes mellitus tipo 2 no município do Piauí durante o ano de 2002 a 2013. RESULTADOS: A busca resultou em um total de casos de 6478, com menor número de casos de 1 uma pessoa por cidade e o maior número de 1714. Sendo que essa taxa máxima foi na cidade de Teresina, a capital, com uma queda de aproximadamente 20% de 2002 para 2013, uma vez que no ano de 2002 foram diagnosticados 509 casos e no ano de 2013 foram obtidos 102 casos confirmados. Essa diminuição pode ser explicada pelo aumento das informações difundidas sobre a prevenção dessa doença que é tão comum no mundo. Pois, já que ela está relacionada, principalmente, ao excesso de peso via enzima CAPN10 que atua no mecanismo de entrada da glicose nas células por meio da decomposição da gordura; um elevado nível de gordura no sangue, faz com que essa enzima fique sobrecarregada, não conseguindo desempenhar sua função, isso acarretará na obstrução dos receptores de insulina e dos transportadores de glicose que por consequência irá elevar a quantidade de glicose, de gordura e de insulina no sangue. Logo, estudos fornecidos pelo Diabetes Prevention Program (DPP), mostraram que intervenções no estilo de vida reduziram em 58% a incidência de diabetes em um período de 3 anos, essas mudanças estão relacionadas a prática de exercício físico e mudanças nos hábitos alimentares. CONCLUSÃO: Dessa forma, fica evidente a suma importância da prevenção primária da diabetes mellitus tipo 2 para evitar e diminuir o aparecimento de novos casos.
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