INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) é considerada um problema global de saúde pública. Essa problemática tem sido explicada pelo crescimento no número de pessoas com diabetes, hipertensão arterial e obesidade, assim como pelo aumento na expectativa de vida da população. A doença renal crônica é uma deterioração progressiva da função renal, a qual termina fatalmente em uremia (excesso de uréia e outros resíduos nitrogenados no sangue) e suas complicações, a menos que realize a dialise ou um transplante renal. OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo relatar sobre a experiência e as atividades desenvolvidas dos acadêmicos de medicina do 2º ano de faculdade, principalmente mediar o contato com portadores de doença crônica renal, facilitando a compreensão dos aspectos relacionados à hemodiálise. MÉTODOS: O presente trabalho define-se como relato de experiência vivido pelos estudantes do 2º ano do curso de medicina da FAHESP/IESVAP. A visita aconteceu no dia 08 de outubro de 2018, na Unidade de Doenças Renais de Parnaíba – PI (UNIRIM), sobre a supervisão da professora de Habilidades Médicas III. Foi realizado, em primeiro momento, o contato com a coordenadora da UNIRIM, a fim de conseguir autorização para uma visita de cunho social educativo, para os acadêmicos de medicina. Durante o encontro, em primeiro momento, foi marcado pela a apresentação dos recursos humanos e conhecimento do local. No segundo, houve o processo de interação com os pacientes que se encontravam no local para procedimento de hemodiálise. RESULTADOS: Os rins são órgãos que exercem funções vitais, como a filtração do sangue e o equilíbrio hidroeletrolítico, o controle da pressão arterial sistêmica e a sintetização de importantes hormônios. Logo, são órgãos que têm a função de eliminar substâncias tóxicas do organismo através da urina, participando da excreção de água e de sais minerais e do controle do pH do sangue. Dentre as principais causas da Doença Renal Crônicas, estão a hipertensão arterial sistêmica, o diabetes mellitus, as doenças renais e as uropatias, como infecções urinárias de repetição, obstruções e cálculos urinários. Dessa forma, ela é definida como lesões renais irreversíveis e progressivas provocadas por problemáticas que tornam os rins incapazes de realizar suas funções habituais. Vale ressaltar que esta moléstia não apresenta cura, entretanto há meios de tratamento que permitem amenizar as complicações causadas pela ausência da função renal. Sendo esses, a diálise, subdividida em hemodiálise e diálise peritoneal, e o transplante renal. Diante desse cenário, durante a visita à UNIRIM, foi possível correlacionar os conteúdos previamente estudados a respeito da fisiopatologia e do tratamento para DCR. No primeiro momento, os acadêmicos de medicina foram calorosamente recepcionados pelos profissionais que lá estavam e por todos os pacientes daquele determinado turno de hemodiálise, que duraria quatro horas. Assim, foram direcionados à primeira sala, sala de urgência, cuja função é receber pacientes em estados críticos para resolução rápida de sua problemática. Em segundo momento os acadêmicos foram apresentados à sala de esterilização, a qual é indispensável para eliminação e contenção de possíveis infecções, visto o alto grau de invasividade dos procedimentos hemodialíticos. Posteriormente, foi cedido a permissão para adentrar na sala de maquinas, a qual contem três filtros responsáveis pelo processo de purificação da água que será utilizada nos processos de hemodiálise de toda população ali presente, bomba de ejeção hídrica a fim de coletar e distribuir a agua para os filtros e reservatório, que é importante caso haja escassez de água na cidade, com capacidade para 1 dia sem abastecimento. Vale ressaltar que é necessário um trabalho harmônico entre essas maquinas e para assegurar sua eficácia e funcionamento há um gerador elétrico. Por fim, os estudantes foram manejados para o salão de diálise, ponto principal da visita ao centro, observando na prática como acontece todo o processo, que consiste na introdução de uma agulha de grande calibre por meio de uma punção, formando assim o acesso vascular, que pode ser um cateter ou uma fistula arteriovenosa, em seguida o sangue é transportado até a máquina de diálise ou dialisador, onde é exposto ao dialisato ou solução de diálise, retirando líquido e toxinas em excesso por meio de uma membrana semipermeável, e então é devolvido ao paciente pelo mesmo acesso, processo esse repetido por quatro horas em média, três vezes na semana. CONCLUSÃO: Portanto, a atividade proporciona a interação dos acadêmicos de medicina com o estudado realizado previamente em sala de aula, com um impacto social positivo para os mesmos e um crescimento na formação médica e humana dos acadêmicos de medicina.
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