INTRODUÇÃO: O sistema circulatório funciona de forma integrada, constante e bidirecional, sendo constituído pela integração de tubos (artérias, veias, arteríolas e vênulas) que conduzem o sangue, impulsionado pela bomba cardíaca. Uma vez que há um distúrbio nesse sistema, devido a uma obstrução ou estreitamento do lúmen arterial ocasionado pela aterosclerose, pode ocorrer a diminuição do fluxo sanguíneo de forma lenta e progressiva, podendo levar a uma estenose ou oclusão do vaso. No caso da doença arterial periférica ocorre o comprometimento das artérias dos membros inferiores e da artéria aórtica abdominal. Essa enfermidade é mais prevalente na população idosa e manifesta-se de forma assintomática em cerca de 70 a 80% dos indivíduos, causando assim, uma maior dificuldade na descoberta do seu diagnóstico. Desse modo, o exame físico bem elaborado está sendo considerado como uma importante ferramenta no direcionamento de um possível diagnóstico precoce dessa enfermidade. OBJETIVOS: Enfatizar a importância das técnicas de exame físico no diagnóstico precoce da doença arterial periférica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada na base dados Scielo, por meio da combinação dos descritores “circulação sanguínea”, “exame físico”. Neste estudo, foram incluídos os artigos disponibilizados na íntegra, publicados em português e inglês, com a temática relacionada ao uso do exame físico como forma de detecção precoce da doença arterial periférica. Foram encontrados 13 artigos ,dentre os quais foram selecionados 10 para estudo da revisão , tendo como critério de inclusão o ano de 2005 a 2015. RESULTADOS: Diante das informações obtidas, nota-se a importância da realização do exame físico de forma minuciosa e completa para que ocorra diagnóstico precoce da doença arterial periférica. Dessa forma, é necessário que seja realizada a inspeção de forma qualitativa dos pés e espaços interdigitais do paciente à procura de lesões e ulcerações, além da análise da possível mudança de coloração dos pés, durante a realização do teste de Buerguer, que consiste na elevação do membro inferior do paciente a cerca de trinta graus. Somado a isso, é indispensável a verificação de sopros femorais e ilíacos, possíveis indicativos de estenose , durante a ausculta. Além disso é importante a avaliação da ausência de algum pulso (aórtico ,femoral , pedioso ou tibial posterior) durante a palpação do membro inferior e a mensuração do índice tornozelo - braquial (divisão da maior pressão sistólica da artéria do tornozelo pela maior pressão sistólica da artéria braquial), a fim de verificar a possibilidade de seu valor ser indicativo de obstrução arterial (menor ou igual a 0,9). CONCLUSÃO: Dessa forma, devido a doença arterial periférica se manifestar inicialmente de forma silenciosa, a identificação do diagnóstico precoce pelo exame físico é considerada uma alternativa eficaz, pois, além de evitar possíveis complicações no quadro clinico do paciente, é um método menos invasivo e de menor custo. Sendo assim, é necessário que a relação médico-paciente seja mais dinâmica e humanizada, facilitando a realização do exame físico de forma minuciosa e por consequência o diagnóstico precoce para doença arterial periférica.
O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.
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