1. INTRODUÇÃO
Tanto a caminhada da gestação como o momento do nascimento retrata uma vivencia cheia de expectativas, projetos, ansiedade, medo.
Em vista disso, o nascimento de uma criança dá um novo rumo na vida de uma mulher, em direção ao verdadeiro sentido da palavra maternidade.
É neste instante que a mulher fica mais vulnerável emocionalmente, então qualquer problema somado a uma predisposição psicológica pode gerar instabilidade levando aos distúrbios psiquiátricos pós partos (BURKE, 2003).
Oitenta por cento das mães sentem melancolia após o nascimento de seus filhos, isso se caracteriza por uma instabilidade de humor transitório geralmente marcado por labilidade emocional, alterações no sono, inquietude e irritabilidade que pode durar ate duas semanas depois do parto (BROCKINGTON, 1996). Em alguns casos a persistência desses sintomas levam a temida depressão pósparto (HENSHAW et al., 2004).
A depressão pós parto é um quadro que pode variar de moderado a grave, de inicio leve e imperceptível, geralmente ocorrendo depois da segunda ou terceira semana do nascimento da criança. Esta síndrome psíquica influencia negativamente na interação da mãe com o seu filho, levando a uma constante regressão na relação familiar. A fé, a religião, juntamente com o apoio familiar são os pilares que vão sustentar a puérpera nesse momento tão difícil, a ajuda de cada integrante da família é fundamental ao passo que cada mudança de rotina por parte desses membros é sentido diretamente pela recente mãe em depressão.
Diversos autores consideram como principal evento desencadeador de instabilidade emocional dos pais como depressão, manifestações psicossomáticas e psicoses pós- parto o nascimento do primeiro filho (SCHWENGBER e PICCININI, 2003).
O aumento dos casos relatados de depressão pós- parto vem se mostrando cada vez como um problema a ser combatido por parte das autoridades e profissionais de saúde, exigindo que estes desenvolvam estratégias de prevenção e tratamento para essa enfermidade.
2. OBJETIVOS GERAIS
Este trabalho tem como objetivo alavancar através de pesquisas um tema que até então não é muito estudado e abordado. Por meio de pesquisas e teorias é analisado como o corpo, mente e espírito reage a determinados transtornos físicos e psíquicos não de forma dissociada e sim de forma integral, repercutindo também na criança e em toda a família, uma vêz que não podemos abordar uma patologia, dissociada do seu aspecto mais profundo ,que é a abordagem da dimensão espiritual e objetivando demonstrar como cada parte tem uma função vital no equilíbrio e na busca pela saúde integral do ser humano.
3. METODOLOGIA
Para atingir os objetivos propostos, foi realizada uma revisão da literatura científica publicada no período de 2000 a 2012, No entanto foram necessárias fontes mais antigas para o aprimoramento de ideias e conceitos sobre o tema proposto.
O passo inicial na construção efetiva de um protocolo de investigação foi a pesquisa bibliográfica, quer dizer, após a escolha do tema foi necessário fazer uma revisão bibliográfica do tema apontado.
Os artigos e textos foram analisados buscando responder os objetivos do estudo e estão apresentados de forma analítica e descritiva.
O trabalho foi desenvolvido entre abril e setembro de 2012. As bases de dados utilizados foram: Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), COCHRANE, Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE), e Manuais e documentos do Ministério da Saúde.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1DEPRESSÃO PÓS PARTO E RELAÇÃO FISIOLÓGICA
A depressão pós-parto é um problema comum, muitas vezes negligenciado pela própria puérpera, marido e familiares. Está associada a diminuição da qualidade de vida e pode interferir na interação entre a mãe e o recém-nascido, bem como no desenvolvimento emocional, intelectual e cognitivo da criança. Neste sentido, torna-se relevante o seu diagnóstico precoce, bem como a detecção de possíveis fatores associados. (Gomes, Torquato, Feitosa 2010)
No período que compreende a gravidez, a mulher sofre intensas alterações fisiológicas que envolvem modificações hormonais e consequentemente visíveis transformações corporais. Essas alterações são fundamentais, pois elas darão condições para que a gestante consiga suprir as necessidades do feto que está em desenvolvimento.
Após o nascimento do bebê, a mãe inicia um novo período em sua vida, o puerpério. Onde há toda uma sobrecarga hormonal. Essa fase inicia-se com o parto e finda quando o corpo da mulher retorna ao estágio prévio à gestação, acontecendo aproximadamente na quarta semana de puerpério. (Catafesta, Zagonel, Martins, & Venturi, 2009).
A maternidade é um importante marco na vida da mulher, no qual o corpo está fisiologicamente preparado. Cada parte envolvida tem sua função para receber as mudanças, sendo este período acompanhado por profundas alterações neuroendócrinas e psicossociais e a interação desses fatores é, provavelmente, responsável pela patogênese dos distúrbios afetivos.(Brockington I, 2004).
A etiologia da DPP e das mudanças de humor da mulher no pós parto, no entanto ainda não estão bem definidas e pouco se sabe sobre isso. Sabe-se que ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, que faz parte das experiências humanas, e é responsável pela adaptação do organismo às situações de perigo. A sensação de ansiedade é vivência comum, que pode acometer qualquer ser humano.(Kaplan HI, Sadock BJ, Grebb JA, 2004).
Estudos mostram que 30% das mulheres com sintomas de DPP, já demonstravam algum tipo de ansiedade no pré-natal e que na gestação com todas as mudanças fisiológicas vão ocorrer um agravamento, uma vêz que ,ela se torna muito mais suscetível a problemas advindos da grande sensibilidade nesta fase, levando a episódios mais frequentes de ansiedade.
Segundo Clow e Higuchi (2003) é demonstrado que a ansiedade pode interferir na concentração de IgA pelo sistema nervoso simpático e parassimpático. O sistema nervoso parassimpático provoca vasodilatação glandular, ocasionando produção de secreção salivar abundante e bastante diluída. No entanto, o sistema nervoso simpático causa vasoconstricção acentuada, responsável pela ocorrência de saliva pouco volumosa e, consequentemente, sensação de boca seca, através da estimulação do córtex temporo-pariental. Ig A baixa ou alta.
A psiconeuroimunologia tem estudado o estabelecimento de conexões entre as alterações provocadas pela tensão nas respostas imunológicas e, assim, na suscetibilidade a doenças e possibilidade de recuperação das enfermidades. Indivíduos que apresentaram graves disfunções psiconeuroimunológicas, em virtude de terem passado por situações estressantes em sua vida, demonstram que os sistemas nervoso e imunológico estão envolvidos nos processos físicos e psíquicos de adaptação ao estresse cotidiano. (Amorim 1999)
Diante de evidencias no qual o puerpério já é naturalmente um período que pode acarretar maiores problemas de ansiedade, maiores estudos devem ser realizados em nosso contexto social e cultural, para que se tenha um melhor aparato de procedimentos preventivos da DPP. Contribuindo para uma melhoria na assistência dos profissionais de saúde na puérpera, evitando assim maiores complicações.
3.2 DEPRESSÃO PÓS-PARTO E PSICOLOGIA
Sintomas psíquicos são frequentes no período de enfrentamento do pós-parto. Mudanças temperamentais por consequência da grande inconstância hormonal, familiar e social, no estilo de vida e em sua rotina. Alterações que podem acarretar uma oscilação constante do equilibrio psicológico.
A DPP é considerada um problema real e sério de saúde pública, atingindo 2 a 5% da população em geral, muitas vezes vem como consequência de um momento marcante como na gestação, parto e puerpério. No entanto sua devida importância não está estabelecida e muito menos totalmente esclarecida. (Paprocki J 1990)
A literatura médica descreve as manifestações psíquicas mais comuns no pós-parto, como: blues ou tristeza materna, depressão e psicose pós-parto. A relação e potencial sobreposição entre esses quadros não estão claramente definidas.
Segundo Stowe ZN, Nemeroff CB (1995) a tristeza materna é um transtorno autolimitado, podendo ter início nas duas primeiras semanas pós-parto, com incidência de 50 a 80%, sendo considerada fator de risco para depressão no primeiro ano após o parto. Ao contrário, a psicose pós-parto é relativamente rara, com incidência de 0,1 a 0,2%, e ocorre tipicamente dentro das quatro primeiras semanas após o parto, constituindo-se em emergência médica.
O grande problema é o momento de diagnóstico, que se torna mais complicado pois algumas mulheres podem não apresentar qualquer tipo de sintomatologia. Mas desenvolvendo assim após qualquer trauma em seu parto ou pós-parto problemas de ansiedade e mudanças de temperamento. Entre os poucos tratamentos utilizados de auto-avaliação está a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) é a mais utilizada para rastreamento de sintomas depressivos que se manifestam após o parto .(Cox J 2004)
É instrumento de fácil aplicação e interpretação, com grande aceitabilidade e simplicidade na sua incorporação à rotina clínica, podendo ser aplicada por profissionais das áreas básicas de saúde. A EPDS consiste em instrumento de auto-registro composto de 10 enunciados, cujas opções são pontuadas (0 a 3) de acordo com a presença ou a intensidade do sintoma.
Seus itens cobrem sintomas psíquicos como humor depressivo (sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimentos de culpa, idéias de morte ou suicídio), perda do prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis, fadiga, diminuição da capacidade de pensar, de concentrar-se ou de tomar decisões, além de sintomas fisiológicos (insônia ou hipersônia) e alterações do comportamento (crises de choro). A somatória dos pontos perfaz escore de 30, sendo considerado de sintomatologia depressiva valor igual ou superior a 12, como definido na validação da escala em uma amostra brasileira.(Almeida, 1996)
Em decorrência dessas transformações, a mulher pode apresentar medos, dúvidas e angústias quanto à sua capacidade de cuidar do bebê, ao querer ou não estar grávida. As transformações que ocorrem com a mulher no período gravídico-puerperal proporcionam condições para o desenvolvimento da depressão pós-parto (DPP) e de outras patologias de ordem psíquica nas mães. Dessa forma, é necessário entender se os aspectos emocionais da mulher durante a gravidez podem influenciar o desenvolvimento da DPP.
A mãe, ao passar pelo puerpério, pode sofrer um confronto entre seu mundo imaginário – que idealiza seu bebê – e a realidade. Após o nascimento da criança, a mãe depara-se com o bebê real, produção sua e que pode ser diferente daquele que imaginou. Algumas mães podem com facilidade gostar da imagem idealizada de seu filho, mas não do bebê real, fruto de sua produção (Maldonado, 1997).
Essa criança que é totalmente dependente da mãe pode causar um choque de realidade, que por se sentir cansada com as novas atividades relacionadas a maternidade e por consequência ter sentimentos de incapacidade. Por exemplo: a mãe muitas vezes idealiza uma criança calma e tranquila, mas quando se depara com muitas noites de choro e mal dormidas, pode causar um impacto com a nova vida e uma vez que ainda é sobrecarregada de preocupações com os cuidados do bebê.
Segundo Arrais (2005), é possível apontar alguns pontos relacionados com a explicação da manifestação da DPP. Para a autora, em alguns casos, não há uma preocupação com as dificuldades vivenciadas pela mãe. Além disso, a vida da mulher passa por alterações nos âmbitos profissional, social e emocional. Enquadrar-se nesses novos padrões pode gerar situações de crise. Dessa forma, a mãe vê-se obrigada a reprimir esses sentimentos negativos com medo de uma represália. Tal atitude pode levar a uma cristalização dos sintomas depressivos.
Considerando a literatura exposta, pode-se inferir que a gestação e a maternidade são períodos que provocam intensas transformações na vida da mulher, já que tais modificações podem deixá-la emocionalmente mais vulnerável e fragilizada.
3.3 DEPRESSÃO PÓS-PARTO E ENFRENTAMENTO ESPIRITUAL
A DPP é um problema real que precisa de estudos e pesquisas mais aprofundados para que se possam traçar meios de prevenção. Quando se tem todo um planejamento para a chegada do filho há também um preparo psicológico envolvido, principalmente se já não é a primeira gestação. No caso das primíparas o contexto de estresse pode ser ainda maior, uma vez que a ansiedade, a falta de experiência e medo do erro, produzindo um quadro de ansiedade ainda maior. (SILVA e BOTTI,2005)
O nascimento de um bebe, principalmente em si tratando do primogênito, pode causar grande estresse no âmbito familiar, se tornando algumas vezes um evento propício de surgimento de problemas emocionais. Fatores como o temperamento do recém-nascido, estresse pelos cuidados excessivos, exaustão e medo do erro, tem sido associados ao início da sintomatologia da DPP. (ZINGA, PHILLIPS e BORNI, 2005)
Pesquisas mostram que o envolvimento do conselheiro espiritual na família que está passando por mudanças significativas como essa, pode ajudar a prevenir e a tratar pais com sintomas de transtornos psicológicos. Geralmente os familiares acreditam e confiam nesse conselheiro, podendo ajudar de várias formas, pois todos os membros dessa nova família são fundamentais no enfrentamento de tal doença. (FRIESEN, 2000)
A grande importância entre o equilíbrio de saúde, bem-estar e religião (espiritualidade) é o papel da religião em poder lidar com as demandas, perdas e dificuldades enfrentadas, tanto internas como externamente. Desta forma o coping religioso tem sido um conjunto de processos cognitivos e comportamentais, dos quais as pessoas enfrentam momentos difíceis ou estressantes da vida, que surgem ou estão ligadas a religião ou espiritualidade de um indivíduo. Assim o coping tem muito mais resultados quando Deus é visto pelo sujeito como ser benevolente e que oferece ajuda constante (DALGALARRONDO, 2008).
Ainda segundo Dalgalarrondo (2008), estudos feitos mostram que pessoas que acreditam em um Ser espiritual têm menos chances de desenvolver algum caso de ansiedade ou depressão, encontrando menor prevalência assim em pessoas religiosas. E três em cindo estudos de intervenção demonstraram que pacientes que obtiveram alguma ajuda religiosa tiveram um efeito positivo, tendo sua melhora rapidamente do que aqueles que obtiveram somente ajuda medicamentosa e psicológica.
Segundo a escritora Ellen G White, muito próxima é a relação entre mente e corpo. Quando um é afetado o outro sofre junto. Afetando assim o estado da mente muito mais na saúde física do que muitos pensam.
A fé se tornou um mecanismo de proteção e enfrentamento tanto de doenças psíquicas como muitas vezes física também. A religião é também uma fonte de suporte social. Segundo Koening (2012), pessoas religiosas não oferecem suporte aos outros somente por meio aleatório, mas isso faz parte dos princípios religiosos. Com essa ajuda, a mulher com DPP ou outras pessoas que sofrem de problemas psicológicos se sentem mais acolhidas e obtendo assim, mais ânimo para sair de tal situação.
4. CONCLUSÃO
A gravidez em uma mulher, vai além de um fator apenas biológico, ela se estende a um fator emocional e espiritual, a mulher que dá à luz a uma criança constitui um laço de relações mais intensas do que imaginado, (nem todas as mulheres estão prontas para a maternidade,) a falta de informação e de preparo geram inquietações e quadros de insegurança em muitas mulheres. A depressão pós-parto pode ser considerada um(INICIARIA COM ESSA FRASE) problema de saúde pública. É uma condição clínica séria que ocorre no puerpério e que exige um diagnóstico preciso e o mais precoce possível.
Em detrimento desse impasse, o prejuízo acaba sendo não só para a mãe, como também para toda estrutura familiar presente, para o recém-nascido e de acordo com estrutura familiar entre o relacionamento entre os pais. As mudanças hormonais ocorridas durante a gestação podem ser consideradas como causa principal da DPP. Entretanto, as condições existenciais e vivencias, tais como uma gravidez indesejada ou contrária à vontade dos familiares, dificuldades financeiras, insatisfação com a transformação do próprio corpo e, principalmente, a falta de apoio e afeto do cônjuge também podem ser considerados como fatores desencadeantes dessa síndrome.
A equipe multidisciplinar que atua na ESF? pode diagnosticar e oferecer intervenções por meio do acompanhamento da gestante. No pré-natal é essencial que se estabeleça uma adequada relação de respeito e confiança com as gestantes, facilitando assim a prevenção e o diagnóstico precoce da DPP, prevenindo os graves problemas pessoais e familiares decorrentes desta síndrome. A abordagem terapêutica logo no início da gestação, a fim de diagnosticar possíveis indícios da DPP e iniciar o tratamento precocemente pode ser uma boa estratégia de prevenção.
As possibilidades de tratamento se baseiam na farmacologia e na psicoterapia, atualmente, torna-se cada vez mais comum o uso de técnicas que incluem relaxamento na tentativa de aliviar os fatores estressantes da vida moderna. Utilizando técnicas desse tipo, encontraram-se resultados positivos como a diminuição do estresse do paciente e registrou-se redução da ansiedade, da hostilidade, da pressão arterial, da dor, nervosismo e depressão. (Benson H. 1993). Porém, o uso de psicofármacos no puerpério apresenta determinadas contraindicações ( MESMO SABENDO DAS CONTRAINDICAÇÕES,QUAIS OS FÁRMACOS MAIS SEGUROS ,NESSA FASE)devido ao aleitamento materno, que pode ser comprometido com a excreção destes medicamentos no leite. Os efeitos dos medicamentos no organismo do bebê variam segundo o tipo de droga, sua farmacocinética e a sensibilidade individual (Rocha, 1999).
Sabe-se que cada mulher tem uma forma de enfrentamento e todos ao seu redor podem ser estimuladores de tal. É importante salientar o papel vital da espiritualidade e a convicção que a fé em um Ser maior que é capaz de auxiliar em todo problema, seria um grande refúgio contra a depressão além de ser apoio psicológico que no momento está debilitado. Sendo que cada área trabalha em comum acordo e equilíbrio, uma das partes seja a espiritual, biológica ou psicológica apresentando algum problema afetará as demais.
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