DIABETES GESTACIONAL: UMA REVISÃO A CERCA DE SEUS ASPECTOS RELEVANTES

  • Autor
  • Ivna Diógenes da Silva
  • Co-autores
  • Kerlany Oliveira Carvalho , Polyanna Zimermann , Maria Goreth Pearce de Sousa Silva
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), é definido como uma intolerância a carboidratos, em mulheres que anteriormente eram euglicêmicas e desenvolveram tolerância limitada a glicose e diabetes pela primeira vez durante a gravidez. A prevalência global média de DMG é de 10% e a ocorre em cerca de 90% de todas as gestações acometidas pela intolerância à glicose. Quando não diagnosticada ou tratada corretamente pode trazer riscos tanto maternos quanto perinatais. OBJETIVOS: Abordar os aspectos relevantes relacionados à Diabetes Gestacional, bem como sua relação com a Diabetes Mellitus tipo II, a fim de ressaltar a importância de seu diagnóstico para prevenção de futuras complicações. MÉTODOS: Trata-se de um estudo exploratório realizado por meio de uma revisão de literatura. Para obtenção de dados pertinentes à temática, consultou-se as bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual de Saúde (MEDLINE/BVS). Foram utilizados os seguintes descritores: “Diabetes Gestacional”, “Diagnóstico”, “Fatores de Risco”, “Complicações Associadas”, “Tratamento”, de acordo com os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS). Foram considerados artigos publicados entre 2000 e 2019, nas línguas Português e Inglês. Os critérios de exclusão foram artigos repetidos e pesquisas que não englobassem o tema. RESULTADOS: A partir do momento em que a gravidez se faz presente, o metabolismo materno sofre alterações se adaptando as necessidades feto-placentária. No primeiro trimestre de gestação, os efeitos que prevalecem decorrem da utilização da glicose pelo feto, o que pode levar a uma tendência de hipoglicemia em jejum. Juntamente com o crescimento da placenta há o aumento de estrogênios, progesterona e lactogênio placentário humano (HPL) ou somatomamotrofina coriônica humana (HCS), os quais possuem ação antagônica à insulina, sendo assim, responsáveis pelo aumento da resistência insulínica. Os fatores de risco que propiciam a DMG incluem: idade >25 anos, obesidade ou ganha excessivo de peso na gravidez, história familiar de diabetes em parentes de 1° grau, baixa estatura, crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual, síndrome do ovário policístico, antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal e de macrossomia. O consenso estabelecido pela International Association Diabetes and Pregnancy Study Groups (IADPSG) é que todas as mulheres grávidas, independente de apresentarem fatores de risco ou não, devem realizar o teste de glicemia em jejum e o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) de 24 a 28 semanas de gestação para o rastreamento da DMG. A partir disso, o critério para o diagnóstico é baseado no TOTG 2 horas após sobrecarga de 75g de glicose anidra, tendo como ponto de corte os seguintes valores: glicose em jejum ? 92mg/dL, ou um resultado de 1 hora de ? 180mg/dL, ou uma sequência de 2 horas ? 153mg/dL. No que se refere a complicações, estudos apontam que a gestante portadora de DMG não tratada, possui maior risco de rotura prematura de membranas parto pré-termo, feto macrossômico, óbito fetal idiopático, síndrome da angústia respiratória do recém-nascido, hiperbilirrubinemia e risco elevado de pré-eclâmpsia. Além disso, DMG é marcador de risco para o desenvolvimento de DMII, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. Desse modo, a maioria das gestantes alcança os níveis glicêmicos desejados apenas com medidas não farmacológicas, como a orientação diética associada a atividades físicas. Entretanto, há quem necessitará de fármacos no esquema terapêutico, podendo ser utilizados hipoglicemiantes orais, como metformina, ou insulinoterapia, com opções de insulina de ação intermediaria (NPH) e análogos insulínicos de ação ultrarrápida. CONCLUSÃO: Portanto, o diagnóstico e acompanhamento do DMG é de extrema relevância para evitar a morbimortalidade materno-fetal. Dessa forma, é necessária a sensibilização dos profissionais de saúde e da população sobre a necessidade de se realizar a reavaliação e a orientação pós-parto, bem como o incentivo ao aleitamento materno, alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas. A busca ativa dessas mulheres é essencial e deve ser considerada como estratégia para promoção de saúde, especialmente dentro da Estratégia de Saúde da Família, identificando precocemente mulheres com alteração metabólica e possibilitando a adoção de ações de prevenção para complicações.

     PALAVRAS CHAVE: “Diabetes gestacional”; “Complicações associadas”; “Fatores de risco”.

     

     

     

  • Palavras-chave
  • “Diabetes gestacional” , “Complicações associadas”, “Fatores de risco”
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • III – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Voltar Download

O Congresso Internacional Transdisciplinar & II Jornada Acadêmica de Medicina do IESVAP tem como principal objetivo promover a integração da comunidade acadêmica a fim de discutir as questões pertinentes à formação profissional, bem como promover a disseminação de conhecimento de uma forma plural com os diversos cursos que compõem as Ciências da Saúde e as Ciências Humanas, promovendo assim uma melhor reflexão para a ação consciente da prática profissional.

 

  • I - ATENÇÃO À SAÚDE
  • II – GESTÃO EM SAÚDE
  • III – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
  • IV - DIREITO CIVIL, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITO AMBIENTAL, DIREITO EMPRESARIAL, DIREITO DO CONSUMIDOR, DIREITO CONTRATUAL, DIREITO PENAL, DIREITO TRABALHISTA E DIREITO TRIBUTÁRIO
  • V - DIREITO DA TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO, ADVOCACIA ELEITORAL, ADVOCACIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E COMPLIANCE;
  • VI - SISTEMA JURÍDICO, ATOS E DOCUMENTOS JURÍDICOS E METODOLOGIA JURÍDICA.
  • VII - TRABALHOS TRANSDISCIPLINARES E OUTROS

Comissão Organizadora

Vanessa Cristina de Castro Aragão Oliveira
Elder Bontempo Teixeira
Christiane Melo Silva Bontempo
Luan Kelves Miranda de Souza

Comissão Científica

Vanessa Cristina de Castro Aragão Oliveira

Luan Kelves Miranda de Souza

Elder Bontempo Teixeira

Christiane Melo Silva Bontempo

Ana Rachel Oliveira de Andrade

Antônio de Pádua Rocha Nobrega Neto

Antonione Santos Bezerra Pinto

Carlos da Cunha Oliveira Junior

Francisco das Chagas Candeira Mendes Junior

Joara Cunha Santos Mendes Gonçalves

Joilson Ramos de Jesus

José Lopes Pereira Júnior

Joyce Pinho Bezerra

Khalina Assunção Bezerra Fontenele

Tereza Cristina de Carvalho Souza Garcês

Thiago de Souza Lopes Araújo

Vanessa Meneses de Brito

Yuri Dias Macedo Campelo

 

 

 

 

FAHESP/IESVAP

(86) 3322 7314