INTRODUÇÃO: O Zika Vírus é um arbovírus, transmitido por picadas de insetos, especialmente os mosquitos?Aedes aegypti?(mesmo transmissor da?dengue?e da?febre chikungunya) e o?Aedes albopictus. Além disso o Zika é um flavivírus, de RNA de fita simples e sentido positivo de importância epidemiológica e neurológica, infectando o sistema nervoso e causando graves danos à sua função. Em 1º de fevereiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS), sob o Regulamento Sanitário Internacional de 2005, classificou a epidemia Zika como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional. Em tese a microglia são fagócitos mononucleares que desempenham um papel importante no desenvolvimento neuronal, bem como na homeostase do sistema nervoso central, e que têm um impacto acentuado no funcionamento normal do cérebro e na manutenção da integridade do tecido. Atualmente existem poucas informações disponíveis sobre neuroinflamaçãoes nas células microgliais na sua atividade metabólica, portanto foi buscado estudar o perfil metabolômico do Zika vírus. OBJETIVO: Abordar o que é o vírus Zika, suas causas e efeitos na microglia, após uma revisão crítica em literaturas. MÉTODO: Direcionado em pesquisas e estudos já realizados, e tendo por fontes os bancos de dados: Scielo e PubMed publicados nos últimos 6 anos. O contexto foi elaborado com uma metodologia abrangente mostrando de forma clara como é, o Zika e suas sistemáticas afetando a microglia. As palavras-chave incluídas na pesquisa foram: Transmissões; Infecção pelo Zika Vírus; micróglia. A pesquisa buscou artigos principalmente em português, e em inglês para uma melhoria na qualidade dos estudos. Com isso a pergunta norteadora ‘‘Zika Vírus, quais seus feitos na microglia?’’. Como critérios de inclusão, foram escolhidos estudos que contemplassem a pergunta norteadora. Como critérios de exclusão, foram retirados estudos que não abordavam de forma sistêmica a problemática do tema. Levando em conta os critérios de refinamento mencionados anteriormente, 15 foram selecionados. A partir de estudos criteriosos dos resumos, cinco atendiam aos requisitos das pesquisas. Para chegar à amostra final com base nos critérios estabelecidos. ANÁLISE CRÍTICA: A infecção pelo Zika na microglia leva à modulação da expressão de numerosos metabólitos, incluindo lisofosfolípides, principalmente lisofosfatidilcolina e fosfolípides como fosfatidilcolina, fosfatidilserina, ceramida e esfingomielina e ácidos carboxílicos como ácido decanodióico.?Alguns desses metabólitos estão envolvidos na diferenciação neuronal, regulação da apoptose, arquitetura e replicação viral.?A infecção pelo Zika foi associada à secreção concomitante de mediadores inflamatórios ligados à inflamação do sistema nervoso central. A habilidade de alguns destes vírus de infectar e replicar-se em neurônios é chamada neurotropismo, determinada por fatores virais e celulares, como por exemplo, mutações no gene da glicoproteína do envelope viral. Além desses fatores, a neurovirulência (afinidade ou predileção que determinados microrganismos patogênicos, substâncias nutrientes e venenos revelam pelos tecidos nervosos), causada por flavivírus pode estar relacionada com o tipo de resposta imune que o indivíduo gera contra a infecção local e sistemicamente. Ele não só ataca diretamente os neurônios como deflagra uma espécie de curto-circuito cerebral, um tipo de reação inflamatória grave observada em doenças como o mal de Alzheimer, de tal forma para ocorrer a remoção de vírus, monócitos e linfócitos entram no parênquima cerebral, atacam as células infectadas, e liberam mediadores solúveis, que estimulam e promovem a resposta imune local de ativação da micróglia, astrócitos, e do endotélio vascular cerebral.? Devido a afinidade do vírus ocorrer em casos que ele provoque a morte neuronal diretamente, ou por meio da ativação das respostas imunológicas dos hospedeiros infectados comprometendo a estrutura e o funcionamento de áreas importantes do sistema nervoso central. Esta morte neuronal e a consequente eliminação da massa de células mortas por fagocitose (neuronofagia) apresentam-se como uma provável explicação para a redução do volume encefálico observado em milhares de neonatos em regiões com circulação do vírus da Zika. CONCLUSÃO: Apesar do grande número de casos de Zika, em um curto espaço de tempo que essa epidemia começou, faz com que ainda existem poucas pesquisas sobre as consequências da sua infecção na população principalmente relacionadas ao sistema nervo central, ligada ao aumento de microcefalia. Dessa maneira, fazem-se necessários novos estudos a fim de descobrir cada vez mais as interações entre vírus e portador.
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