Introdução: A baixa cobertura vacinal contra o HPV em crianças de 9 a 14 anos em Manaus tem sido uma preocupação crescente para a saúde pública. O HPV é um vírus associado a diversos tipos de câncer, como o do colo do útero, além de outras doenças graves. A vacinação é uma das estratégias eficazes para prevenir essas enfermidades. A adesão à vacina tem sido impactada por barreiras como preconceito dos pais, desinformação e dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Objetivo: Identificar os principais fatores que contribuem para a baixa cobertura vacinal contra o HPV em Manaus, com ênfase no impacto do preconceito parental, na falta de conscientização sobre a importância da vacina e nas dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Ademais busca-se discutir estratégias para ampliar a adesão à imunização e garantir uma melhor proteção às crianças e adolescentes. Metodologia: A metodologia utilizada baseia-se em uma abordagem qualitativa, incluindo revisão bibliográfica e análise de dados secundários sobre a vacinação contra o HPV na cidade. Foram consultadas informações do Ministério da Saúde, além de entrevistas com profissionais de saúde e relatos de pais. Foram analisados os impactos da pandemia de Covid-19 na adesão à vacina. Resultados: Os resultados apontam que a baixa cobertura vacinal é influenciada por múltiplos fatores. O preconceito por parte dos pais, associado ao mito de que a vacina estimularia o início precoce da vida sexual, foi um dos principais entraves identificados. Ademais a falta de campanhas eficazes e informações acessíveis sobre a importância da imunização contribui para a hesitação vacinal. Outro fator relevante foi o impacto da pandemia de Covid-19, que reduziu a busca por serviços de vacinação e interrompeu campanhas preventivas. Discussão: A discussão destaca que preconceito e a desinformação continuam sendo desafios significativos para a ampliação da cobertura vacinal. A crença equivocada de que a vacina contra o HPV pode influenciar o comportamento sexual dos adolescentes desvia a atenção do verdadeiro objetivo da imunização: a prevenção de doenças graves. Ademais, dificuldades no acesso aos serviços de saúde, falta de capacitação de profissionais e falhas nas campanhas de conscientização agravam o problema. Conclusão: Para melhorar a cobertura vacinal contra o HPV em Manaus, é fundamental um esforço conjunto entre governo, escolas e comunidades para combater mitos e fornecer informações corretas. Campanhas educativas devem ser intensificadas, destacando a importância da vacina para a prevenção de cânceres e outras doenças. Ademais, necessário fortalecer a rede de vacinação, garantindo que todas as crianças e adolescentes da faixa etária recomendada tenham acesso à imunização de forma segura e eficiente. Somente com ações coordenadas entre os setores de saúde, educação e a sociedade civil será possível aumentar a adesão à vacina e proteger a saúde das futuras gerações.
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