Introdução A disfagia neonatal é caracterizada pela dificuldade na deglutição que compromete a alimentação segura e eficiente do recém-nascido, podendo provocar riscos à nutrição, crescimento e saúde pulmonar (Rodrigues & Giacheti, 2019). Em neonatos prematuros, devido à imaturidade neurológica e orofacial, essa condição é ainda mais prevalente. O papel do fonoaudiólogo é fundamental na identificação precoce, manejo terapêutico e promoção da alimentação segura, favorecendo o desenvolvimento global do bebê e a alta hospitalar (Figueiredo et al., 2020). A atuação interdisciplinar com a equipe neonatal tem se mostrado eficaz na reabilitação desses pacientes (Santana & Cardoso, 2021). Objetivo: Analisar a importância e os efeitos da intervenção fonoaudiológica na disfagia em neonatos prematuros internados em unidades de terapia intensiva neonatal. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados SciELO e LILACS, utilizando os descritores: “Fonoaudiologia”, “Prematuro”, “Disfagia” e “Deglutição”. Foram inicialmente localizados 11 artigos publicados entre 2015 e 2024, com foco em intervenções terapêuticas em neonatos com diagnóstico de disfagia, prematuridade menor que 37 semanas e atuação fonoaudiológica documentada. Após a leitura dos resumos, 4 artigos foram selecionados para ser feita a revisão na íntegra. Resultados e Discussão: Os estudos mostram que a intervenção fonoaudiológica precoce em prematuros disfágicos oferece benefícios no processo alimentar, destacando técnicas como estimulação oral, controle postural, adaptação de utensílios e orientações familiares (Kirk, Alderliesten, & de Vries, 2021). Em 82% dos estudos, houve melhora na coordenação sucção-deglutição-respiração, maior aceitação oral e redução do tempo de internação (Figueiredo et al., 2020). O uso de técnicas como controle sensório-motor oral e estímulos táteis na região perioral demonstrou eficácia (Rodrigues & Giacheti, 2019). A colaboração com nutricionistas e enfermeiros também potencializa os resultados terapêuticos (Silva, Rocha, & Giacheti, 2018). A capacitação dos cuidadores favorece a continuidade da intervenção após a alta (Almeida & Lima, 2022). Além disso, a estimulação oral precoce pode prevenir o uso prolongado de sondas e melhorar a sucção nutritiva, essencial para o vínculo mãe-bebê (Figueiredo et al., 2020). Considerações Finais: A intervenção fonoaudiológica na disfagia de neonatos prematuros é essencial para garantir uma alimentação segura, funcional e prazerosa. A atuação precoce, baseada em evidências científicas, reduz riscos de complicações pulmonares, melhora o prognóstico alimentar e contribui para o desenvolvimento global do bebê. Ressalta-se a importância da atuação em equipe interdisciplinar e da continuidade do cuidado após a alta hospitalar, com foco na reabilitação funcional (Kirk et al., 2021). Além disso, o acompanhamento contínuo após a alta hospitalar é crucial para garantir que os neonatos mantenham os progressos alcançados durante a internação e continuem a se desenvolver de maneira saudável.
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