Introdução: A imunização infantil é uma estratégia indispensável do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo responsável por tornar a criança resistente a diversas doenças. Para assegurar essa ação, foi criado o Programa Nacional de Imunização (PNI) que exerce um papel essencial nesse processo garantindo de maneira ágil o acesso às vacinas fundamentais. No entanto, durante a pandemia de COVID- 19, observou-se uma redução significativa na cobertura vacinal infantil, comprometendo o controle de doenças imunopreveníveis e representando um desafio para a saúde pública. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os principais desafios para a ampliação da cobertura vacinal em crianças. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, baseada em cinco artigos científicos publicados entre 2021 e 2025. Foram incluídos estudos disponíveis integralmente em português, com foco na população infantil e nos impactos da pandemia. Foram excluídos estudos com abordagem exclusivamente internacional ou que não abordassem a infância como grupo central. A interpretação analítica dos dados permitiu identificar os principais desafios à imunização e as estratégias sugeridas pelos autores. Resultado e Discussões: A análise interpretativa dos dados revelou que, embora o Brasil disponha de um programa de imunização consolidado, observa-se um declínio progressivo nas coberturas vacinais, intensificado pela pandemia de COVID-19. Entre os fatores identificados destacam-se: a sobrecarga das Unidades Básicas de Saúde (UBS), que, diante do aumento da demanda e a necessidade de seguir os protocolos sanitários rigorosos, comprometeu a manutenção da rotina vacinal e a oferta de horários adequados para a imunização infantil. Adicionalmente, a disseminação de informações duvidosas nas redes sociais, alimentada por movimentos antivacinas e fake news sobre a segurança e eficácia das vacinas, contribuindo significativamente para o aumento da hesitação entre pais e responsáveis. Além dos efeitos imediatos da pandemia, identificam-se também obstáculos estruturais que dificultam o alcance das metas vacinais no Brasil. Dentre esses obstáculos, destaca-se o subfinanciamento crônico do Sistema Único de Saúde (SUS) comprometendo a manutenção da infraestrutura, afetando desde a logística até a disponibilidade de profissionais nos serviços de atenção primária. Soma-se a isso a desigualdade regional, que limita o acesso à vacinação em áreas remotas ou vulneráveis, aprofundando as disparidades na cobertura vacinal infantil. Conclusão: Diante da queda da cobertura vacinal infantil no contexto pós-pandêmico, é indispensável o fortalecimento da imunização como prioridade nas políticas públicas. Com o objetivo de recuperar as taxas de cobertura vacinal, torna-se necessário fortalecer estratégias de comunicação governamental para combater notícias falsas e desinformações recorrentes, além de engajar líderes comunitários e profissionais de saúde na promoção ativa da imunização, com ações educativas contínuas. Dessa forma, fortalece-se o papel do SUS na formulação e execução de estratégias abrangentes e integradas que priorizem a imunização infantil como eixo fundamental das políticas públicas de saúde no Brasil.
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