Introdução: O diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) está fortemente associado a melhores prognósticos terapêuticos, porém, diversos fatores ainda dificultam sua efetivação. A crescente incidência de casos reforça a necessidade de identificar as barreiras enfrentadas por famílias e profissionais no processo diagnóstico. Objetivo: Analisar os principais desafios e barreiras no diagnóstico precoce do TEA, com foco nas práticas profissionais, nas políticas públicas e na formação/capacitação dos profissionais de saúde. Metodologia: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, com levantamento de publicações entre 2018 e 2024 nas bases SciELO, PubMed, LILACS e Google Scholar. Utilizaram-se os descritores: “autismo”, “diagnóstico precoce”, “barreiras”, “políticas públicas”, “capacitação profissional” e “atenção básica à saúde”. Após aplicação de critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 22 estudos. Resultados e Discussão: As evidências apontam três núcleos principais de barreiras: (1) práticas profissionais fragilizadas, marcadas por desconhecimento, insegurança diagnóstica e subvalorização dos sinais iniciais; (2) limitações nas políticas públicas, especialmente a ausência de protocolos padronizados na atenção básica e a escassez de programas de triagem precoce; e (3) lacunas na formação e capacitação de profissionais, tanto na graduação quanto na educação continuada. Essas fragilidades geram atrasos significativos no processo diagnóstico e dificultam o acesso a intervenções precoces. Destaca-se a necessidade de ações intersetoriais e investimentos em políticas públicas que articulem saúde e educação de forma integrada. Considerações Finais: O diagnóstico precoce do TEA continua sendo prejudicado por entraves estruturais, institucionais e formativos. Superar esses desafios requer o fortalecimento das políticas públicas, a implementação de estratégias de triagem padronizadas e contínuas, além da formação permanente de profissionais da saúde e da educação. A articulação entre os setores é essencial para garantir acesso, equidade e efetividade nos processos de detecção e acompanhamento do TEA.
Apresentação E-banner
Comissão Organizadora
Saúde Vital
yasmim santos de oliveira
Taciele do Nascimento Santos
Comissão Científica
beatrizaraujospn@gmail.com
Roberto Luiz Ferreira Soares
Natália Santos Franco
1ª Edição