As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) vêm se consolidando como estratégias relevantes na atenção integral à saúde, sendo reconhecidas pelo Ministério da Saúde do Brasil por ampliarem o cuidado ao considerarem dimensões físicas, emocionais, sociais e espirituais do indivíduo. No contexto pediátrico, há um crescente interesse por essas práticas, tanto por profissionais de saúde quanto por familiares, principalmente pela busca por terapias menos invasivas e com menos efeitos adversos. Este estudo teve como objetivo analisar as evidências disponíveis sobre o uso das PICS em crianças, identificando seus benefícios, limitações e os principais desafios associados à sua aplicação. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, guiada pela pergunta: “Quais são os benefícios e desafios do uso das práticas integrativas e complementares em crianças?”. A busca foi realizada entre janeiro e março de 2025 nas bases SciELO, PubMed e LILACS, por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores: “terapias complementares”; “crianças”; “cuidados integrativos”; “medicina tradicional” e “promoção da saúde”, combinados pelo operador booleano “AND”. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, oito artigos foram selecionados para compor a análise. Os resultados evidenciam que as PICS são frequentemente utilizadas no manejo de sintomas como ansiedade, distúrbios do sono e hiperatividade em crianças, promovendo melhorias significativas no bem-estar geral. Observa-se também maior aceitação por parte dos pais, especialmente quando essas práticas complementam o tratamento convencional. No entanto, a ausência de diretrizes clínicas padronizadas e a limitação de estudos com rigor científico ainda representam obstáculos para a consolidação das PICS no cuidado pediátrico. Conclui-se que as PICS constituem uma alternativa terapêutica promissora, cuja efetiva integração exige regulamentação, capacitação profissional e mais pesquisas baseadas em evidências. A atuação conjunta entre profissionais da saúde, gestores e educadores é essencial para garantir o uso seguro e eficaz dessas práticas.
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