Introdução: A toxoplasmose congênita configura-se como um grave problema de saúde pública, pois pode ocasionar complicações severas ao feto, como danos neurológicos e visuais, representando um desafio significativo para os sistemas de saúde, sobretudo em regiões com dificuldades de acesso, como o Acre (BRASIL, 2020; MONTOYA; LISEENFELD, 2004). Objetivo: Este estudo teve como finalidade analisar a prevalência da toxoplasmose congênita no Brasil e, especificamente, no estado do Acre, evidenciando a importância da triagem materna e neonatal na prevenção da transmissão vertical da infecção, orientando a implementação de políticas de saúde eficazes (WHO, 2017). Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo que utilizou dados disponibilizados pelo DataSUS, correspondentes ao período de 2020 a 2024, sendo realizadas análises comparativas entre os casos notificados no âmbito nacional e os registros do Acre, permitindo identificar tendências, disparidades regionais e possíveis fatores epidemiológicos que influenciam a incidência da doença (BRASIL, 2020). Resultados e Discussão: Durante o período analisado, foram registrados 23.193 casos de toxoplasmose congênita em todo o Brasil, com um crescimento na incidência de 3.058 casos em 2020 para 5.038 casos em 2024, enquanto o Acre contabilizou 449 notificações, dos quais 244 ocorreram em recém-nascidos do sexo masculino. Estes dados indicam que, embora haja um aumento na notificação dos casos, a adoção de medidas de triagem precoce e intervenção terapêutica possa reduzir o impacto das complicações, conforme apontado na literatura, que enfatiza a eficácia do diagnóstico antecipado e do tratamento adequado para melhorar os desfechos materno-infantis (MONTOYA; LISEENFELD, 2004; WHO, 2017). A discussão dos resultados reforça a necessidade de intensificar as estratégias de prevenção, principalmente em regiões com vulnerabilidades socioeconômicas e estruturais, onde a limitação de acesso aos serviços de saúde potencializa os riscos de transmissão vertical e dificulta o manejo clínico adequado. Conclusão: Conclui-se que a toxoplasmose congênita é uma condição que pode ser prevenida e controlada por meio de políticas integradas de triagem materna e neonatal, sendo imperativo que os gestores de saúde ampliem e aprimorem os programas de prevenção, considerando as especificidades regionais, a fim de reduzir a incidência e as complicações associadas à infecção; tal medida é fundamental para promover melhores desfechos na saúde materno-infantil e para a diminuição da carga da doença (BRASIL, 2020; MONTOYA; LISEENFELD, 2004; WHO, 2017). REFERÊNCIAS: BRASIL. Ministério da Saúde. DataSUS: Notificações de Toxoplasmose Congênita – 2020 a 2024. MONTOYA, J. G.; LISEENFELD, O. Toxoplasmose. The Lancet, 2004. WHO. Guidelines on the Prevention and Treatment of Congenital Toxoplasmosis. Genebra: WHO, 2017.
Palavras-chave: toxoplasmose; triagem; prevenção.
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