INTRODUÇÃO: O aborto espontâneo, conforme definido pela Organização Mundial de Saúde
(OMS), consiste na expulsão precoce de um embrião ou feto antes de 22 semanas gestacionais,
sem intervenção médica ou cirúrgica. Pode ocorrer devido a vários fatores, como problemas
genéticos, doenças autoimunes, infecções, dentre outros. Na grande maioria dos casos, o evento
descrito é traumático e inesperado, considerado gatilho inicial para doenças psicológicas
desastrosas como: ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
OBJETIVO: Avaliar a relação da perda precoce da gravidez com a recorrência de possíveis
transtornos psicológicos subsequentes, como: ansiedade, depressão e TEPT.
METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Integrativa de literatura, cuja pesquisa utilizou
os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS): “Spontaneous Abortion”, “Depression” e “Mental
Health”. Foram incluídos artigos em língua inglesa, publicados na plataforma PubMed nos
últimos 5 anos e que estavam disponíveis na íntegra gratuitamente. Artigos destoantes dos
descritores citados não estão presentes neste trabalho. Como resultado, foram analisados 5
artigos neste trabalho. RESULTADOS: A literatura demonstra que mulheres que sofrem
aborto espontâneo enfrentam intensos sentimentos de solidão, culpa, tristeza e preocupações
com uma próxima gravidez. Isso resulta em uma significativa deterioração na qualidade de vida,
aumentando o risco de transtornos psicológicos graves. Os Estudos usaram escalas confiáveis
para medir a prevalência desses transtornos, como a Escala de Depressão Postnatal de
Edimburgo (EPDS), a State-Trait Anxiety Inventory (STAI-X) e a Escala de Diagnóstico PósTraumático
(PDS). A partir da análise individual de cada artigo, resultados comprovam altas
taxas de depressão, ansiedade e pensamentos suicidas entre mulheres que sofreram aborto, em
um deles a depressão foi detectada em 73% das pacientes investigadas. Também foi discutida
a insatisfação com o próprio corpo como um forte preditor de depressão e estresse póstraumático,
juntamente com a qualidade do relacionamento conjugal e dos cuidados recebidos
pelas equipes de saúde. CONCLUSÃO: Conclui-se que a perda precoce da gravidez resulta
em danos psicológicos graves, como ansiedade, depressão e TEPT, com preditores agravantes.
Destaca-se a importância de cuidados médicos e intervenção psicológica adequada, assim como
a necessidade de mais pesquisas para prevenir tal cenário nas novas gerações.
Comissão Organizadora
Natállia Gabriela Silva Gomes
Comissão Científica