ALEITAMENTO MATERNO E DESENVOLVIMENTO TARDIO DE DERMATITE ATÓPICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

  • Autor
  • Daniela Moraes Santos
  • Co-autores
  • Maria Luiza Guimarães Ribeiro , Sophia Duarte Benicio , Giovana Aires Paranhos , Giovanna de Oliveira Fernandes , Juliane Macedo
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: Dermatite ou eczema atópica(o) é uma doença inflamatória crônica de início comum na infância, especialmente até os 6 meses de idade, manifestando-se na forma de lesões eritematosas e pruriginosas. Comprovadamente, o aleitamento materno (AM) desempenha múltiplos benefícios nutricionais e imunológicos para o lactente, incluindo uma memória imunológica e conseqüente proteção contra diversas patologias alérgicas, como o eczema precoce, sendo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de forma exclusiva até os 6 meses de idade. OBJETIVO: Analisar a correlação de um menor risco de desenvolvimento tardio de dermatite atópica com o aleitamento materno. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, em que a busca dos artigos foi realizada nas bases de dados PUBMED e BVS, utilizando-se descritores como: Dermatite Atópica; Aleitamento Materno; Leite Humano; Adolescente; Crianças e o operador booleano “AND” para combiná-los de maneira adequada, resultando em 22 artigos totais encontrados. Para este estudo, foram selecionados 5 artigos científicos, considerando critérios de inclusão como idioma (inglês), natureza primária dos estudos, disponibilidade gratuita e período de publicação entre 2015 e 2024. RESULTADOS: Avaliando-se a presença ou não de AM, escolares e adolescentes nunca amamentados demonstraram ligeiro aumento do eczema. Em relação ao tempo de duração da amamentação, todos os artigos demonstraram uma associação inversamente proporcional entre o tempo de AM e o risco de desenvolvimento de dermatite atópica, sendo que o AM parcial por menos de 6 meses foi o principal fator de risco para o desdobramento desta. Sobre a composição do leite materno, não se observou nenhuma modificação nos oligossacarídeos do leite humano, componentes importantes no desenvolvimento de imunidade no bebê. Não houve correlação relevante com suplementações e história de atopias maternas. CONCLUSÃO: O AM exerce um forte potencial protetivo no desenvolvimento da dermatite atópica precoce, especialmente em lactentes, retardando o início desta dermatopatia, mas que tende a se desenvolver ainda em pré-escolares. Dessa maneira, não houveram associações significativas entre o aleitamento materno quanto a um menor risco de desenvolvimento desta patologia em crianças mais velhas e adolescentes. Sendo assim, pode-se inferir que esta patologia cutânea tardiamente é melhor correlacionada com padrões genéticos e influências ambientais.

     

  • Palavras-chave
  • adolescentes; aleitamento materno; crianças; dermatite atópica.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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