INTRODUÇÃO: A obesidade é caracterizada como doença crônica não transmissível (DCNT) de caráter multifatorial tendo como uma das causas o consumo exagerado de calorias. Os danos ocasionados por essa doença incluem cardiopatias, diabetes, dislipidemias e até comprometimento emocional. A obesidade associa-se a 63% do total global de mortes caudadas por essa DCNT, dessas, 78% das mortalidades ocorrem em países de média e baixa renda. Em vista disso, é certa a correlação entre o estado nutricional e o nível socioeconômico dos indivíduos, sendo a má alimentação um fenômeno social que somente ações sociais e coletivas como implementação progressiva de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional podem resolver. OBJETIVO: Analisar a prevalência de obesidade em populações carentes brasileiras. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. Foram selecionados 9 artigos para leitura, nos quais 6 atendiam ao objetivo proposto. A pesquisa foi feita nos bancos de dados: SciELO, PUBMED e Google Acadêmico. Como critérios de inclusão foram considerados artigos originais e na língua portuguesa, excluindo-se revisões bibliográficas, resumos, meta-análises e os demais que não atendiam ao propósito da pesquisa. RESULTADOS: Verificou-se que o sobrepeso e a obesidade foram mais prevalentes em regionais brasileiras com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Isso porque o nível econômico, disponibilidade de alimentos e o acesso à informação interferem no status do peso. Além disso, na sociedade atual ideais de autonomia individual e liberdade imperam sobre os ideais de justiça e igualdade social, os quais seriam necessários para garantia de alimentação de qualidade para todos os cidadãos brasileiros, principalmente os mais vulneráveis. Essas evidências também reforçam que a insegurança alimentar e nutricional no Brasil tem como uma das faces: uma alimentação inadequada ou não saudável. Na alimentação dos mais pobres, alimentos com alta densidade energética - açúcares, refrigerantes e alimentos com alto teor de gordura - vêm substituindo alimentos tradicionais mais saudáveis. CONCLUSÃO: Portanto, têm-se que a obesidade é mais prevalente em sociedades vulneráveis, causada por má-alimentação que está diretamente relacionada com fatores socioeconômicos. Logo, essa doença deve ser tratada como um problema de saúde pública e que precisa de políticas públicas para mitigá-lo.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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