INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma necrose tecidual de determinada região do músculo cardíaco, provocada por um processo de isquemia oriundo geralmente de uma obstrução na artéria coronária. O IAM atinge cerca de 300 a 400 mil brasileiros todos anos, se configurando como a principal causa de óbitos no Brasil. Consequentemente, as vidas de inúmeras pessoas são impactadas diretamente pelas consequências dessa doença e das outras comorbidades associadas a ela, sendo necessário a realização de um plano de reabilitação integral, a fim proporcionar uma boa qualidade de vida aos indivíduos acometidos. OBJETIVO: Descrever o processo de reabilitação cardíaca em pacientes após infarto agudo do miocárdio, destacando os seus impactos. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir das bases de dados SciELO, PubMed, Google Acadêmico e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram selecionados artigos originais, em língua portuguesa ou inglesa, publicados entre 2010 e 2024 e que atendiam a questão norteadora, utilizando o DeCS/MeSH para encontrar os descritores. RESULTADOS: Segundo a OMS, a reabilitação cardiovascular consiste no somatório de atividades fundamentais para a melhora física, mental e social de pacientes portadores de cardiopatias. Tal processo precisa ser individualizado, de acordo com a estratificação de risco de cada paciente, acompanhado pela autorização de um médico cardiologista e monitoramento por um fisioterapeuta especializado. Nesse sentido, a reabilitação cardíaca, com ênfase em treinamento aeróbico, demonstrou ser fundamental para aprimorar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), sensibilidade dos reflexos barorreceptores e mecânica de contração ventricular, em pacientes após um IAM. Ademais, a fisioterapia precoce apresentou melhora no prognóstico, contribuindo na modulação da frequência cardíaca, controle das funções hemodinâmicas e redução dos efeitos deletérios do repouso prolongado no leito. Por outro lado, o suporte psicológico e espiritual também pode ser utilizado como ferramenta de controle do cortisol, o qual é considerado um fator de risco cardiovascular, em níveis elevados. CONCLUSÃO: Em suma, a reabilitação cardíaca aborda um conjunto multifatorial de atividades que trabalham tanto aspectos físicos quanto psíquicos dos pacientes após IAM necessitando de uma atuação integral no indivíduo, para a obtenção de resultados positivos.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
Comissão Científica