INTRODUÇÃO: No mundo digital, onde dados são facilmente compartilhados, a confidencialidade e a privacidade se tornam cruciais na ética médica. A telemedicina, por exemplo, traz benefícios, mas levanta preocupações sobre a segurança e o fluxo de dados do paciente. Diante dessa complexa interação entre ética médica e tecnologias digitais, é fundamental explorar os desafios da confidencialidade e da privacidade na era digital da saúde. OBJETIVO: Analisar as principais questões referentes à ética médica na era da exposição digital e as dificuldades relacionadas à manutenção da privacidade e confidencialidade na atenção à saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, em que foram utilizadas as bases de dados: PubMed, Scielo, e o Código de Ética Médica. As buscas foram realizadas a partir dos descritores: “ética médica”, “privacidade”, “exposição”, “proteção de dados”, “confidencialidade”, “medicina” e “ética clínica”. Para a análise de dados foram selecionados seis artigos publicados nos últimos cinco anos e disponíveis na íntegra. RESULTADOS: A confidencialidade é primordial na medicina, relacionada ao segredo profissional e à privacidade. Nota-se a existência de discussões nesse âmbito ao considerar a quebra do sigilo médico tratando-se de indivíduos legalmente incapazes, como crianças e adolescentes. O avanço da pesquisa molecular, do uso de prontuários médicos eletrônicos e do sequenciamento genômico completo demonstram impasses para a proteção da privacidade e reforçam a necessidade de um consentimento informado sólido. Além disso, os avanços tecnológicos, como a teleconsulta, requerem condições seguras e éticas para sua integração ao atendimento médico; equipes multidisciplinares garantem a integridade das instituições de saúde pautadas na ética e no direito dos pacientes. Assim, a violação do sigilo médico pode deteriorar vínculos terapêuticos e afetar a disposição do paciente em compartilhar informações essenciais para um tratamento personalizado. CONCLUSÃO: A análise das questões éticas na era digital da saúde revela a complexidade e importância da preservação da confidencialidade e privacidade dos pacientes, apesar dos desafios tecnológicos. Os profissionais de saúde devem estar preparados para garantir a proteção dos dados, respeitar o sigilo médico e promover uma cultura organizacional ética. A fim de proteger os direitos dos pacientes e melhorar a qualidade dos cuidados de saúde.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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