INTRODUÇÃO: Embora o transplante de órgãos proporcione ao indivíduo atendido a oportunidade de estabilizar sua saúde e viver durante muitos anos, é fato que ele apresenta riscos substanciais. Sabe-se que os pacientes receptores de órgãos transplantados (OTRS) devem tomar medicamentos pelo resto da vida para suprimir o sistema imunológico, de modo que não ataquem e rejeitem o órgão doado. Infelizmente, existem muitos efeitos secundários deste tratamento, incluindo um risco aumentado de infecções e de certos tipos de cancro, incluindo câncer de pele. OBJETIVO: Analisar o risco de câncer de pele em ORTS. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, buscando artigos publicados nos últimos 5 anos nas bases de dados Periódicos CAPES, ScienceDirect e Google Acadêmico, utilizando os descritores: neoplasias cutâneas AND transplantados AND oncologia. Foram selecionados 6 artigos em inglês para análise neste trabalho. RESULTADOS: O uso crônico de medicamentos imunossupressores leva ao comprometimento do sistema imunológico, reduzindo a imunovigilância tumoral, o que por sua vez aumenta a suscetibilidade ao câncer. Dentre os cânceres de pele, o mais comum após a cirurgia de transplante é o carcinoma de células escamosas (SC) - o risco de SC aumentou cerca de 25 vezes em OTRS, especialmente entre receptores de pulmão, homens mais velhos, aqueles com mais tempo desde o transplante e pacientes submetidos a terapia de indução com timoglobulina. CONCLUSÃO: Diante disso, é fato que a imunossupressão pós-transplante apresenta um desafio significativo devido ao aumento do risco de câncer nos pacientes. A educação sobre esses riscos, a adesão a protocolos de rastreamento e o desenvolvimento de novas ferramentas de diagnóstico são cruciais para melhorar a sobrevivência a longo prazo e a qualidade de vida desses indivíduos. Logo, para que haja esperança de um futuro onde os desafios relacionados à malignidade pós-transplante possam ser mitigados de forma mais eficaz, urge uma compreensão mais profunda dos mecanismos subjacentes e avanços em tratamentos direcionados.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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