INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a forma mais prevalente de câncer e a principal causa de mortalidade relacionada ao câncer entre mulheres no mundo todo. Estudos indicam que distúrbios do sono e desregulação do ciclo circadiano podem impactar adversamente o tratamento dessa condição. Isso se deve a estreita relação entre o sono, o ciclo circadiano e a melatonina, um neuro-hormônio reconhecido por promover a qualidade de sono, além de apresentar função imunológica e propriedades antitumorais. OBJETIVO: Reconhecer os efeitos antimetastáticos da melatonina em casos de neoplasia mamária. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, baseada em estudos científicos na língua inglesa e portuguesa, publicados nas bases de dados virtuais Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed, entre 2019 e 2024 que retratavam a influência antimetastática da melatonina em pessoas com câncer de mama. Os descritores em Ciência da Saúde (DeCS) utilizados nesta revista foram: “Melatonina”, “Neoplasia da mama”, “Transtornos do Sono do Ritmo Circadiano”. O operador booleano AND foi empregado para organizar a estratégia de busca dos estudos. RESULTADOS: A partir dos estudos foi observado o impacto positivo da melatonina na redução dos sintomas depressivos. Em um ensaio clínico, pacientes foram divididos aleatoriamente em grupos placebo e controle de uso de melatonina. Os resultados mostraram melhorias significativas nos sintomas de sono, fadiga, náuseas e vômitos no grupo controle em comparação com o grupo placebo, independentemente da idade das pacientes estudadas. O gene TPH2 foi associado ao risco de câncer de mama, pois portadores deste gene apresentam níveis alterados de melatonina no cérebro devido a um Sistema Nervoso Central disfuncional. Além disso, é válido ressaltar como a melatonina age em outra vias de sinalização, como a do estrogênio, para neutralizar os efeitos desse hormônio, uma vez que o estrogênio desempenha um papel no crescimento do câncer de mama. CONCLUSÃO: Em suma, os resultados encontrados mostram a relação entre o risco de câncer de mama e variantes no moduladores do ritmo circadiano, como a melatonina. A melatonina influencia várias vias de sinalização, reduzindo o crescimento tumoral e exibindo propriedades antimetastática. Isso ressalta seu potencial terapêutico contra o câncer de mama.
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