INTRODUÇÃO: A anafilaxia é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal que requer reconhecimento e tratamento imediato para prevenir resultados adversos. Ela é responsável por um número significativo de casos de emergências, principalmente em crianças, em que a incidência dessa hipersensibilidade sistêmica em visitas ao pronto-socorro pediátrico (PED) aumentou de 3.944 milhões em 2008 para 4.510 milhões em 2016. No entanto, apesar do aumento no número de casos, ainda existem dificuldades no reconhecimento e manejo adequado da doença. OBJETIVO: Evidenciar quais são as práticas adequadas em casos graves e emergenciais de anafilaxia em pacientes pediátricos, demonstrando as principais recomendações e diretrizes atualmente utilizadas, a fim de minimizar possíveis erros médicos em centros de urgência e emergência. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada através de buscas nas bases de dados no PubMED, BVS e LILACS, utilizando os descritores “Anafilaxia”, “Crianças” e “Emergência”. Foram incluídos 4 artigos publicados nos últimos 5 anos e disponíveis na íntegra, sendo excluídos aqueles que se tratavam de revisões sistemáticas e que abordavam os descritores de forma isolada. RESULTADOS: As causas mais comuns de anafilaxia incluem alimentos, picadas e medicamentos. Em crianças, as alergias alimentares são responsáveis pela maioria dos casos de anafilaxia, afetando principalmente aquelas que vivem no centro da cidade, uma vez que possuem maior prevalência de alergias, como asma, e morbidade por anafilaxia do que a população em geral. Dessa forma, recomenda-se epinefrina como tratamento de primeira linha, com doses e vias de administração específicas para diferentes gravidades de anafilaxia ou diferentes condições, sendo importante também que, após o início do tratamento, o atendimento no pronto-socorro continue com o foco na transição para o manejo contínuo do risco de anafilaxia após a alta hospitalar. CONCLUSÃO: Por fim, mostra-se que, atualmente, a prática preconizada para o tratamento imediato da anafilaxia em pacientes pediátricos é a administração da injeção intramuscular (IM) de epinefrina, mas também ressalta que o manejo e as recomendações após a estabilização do caso precisa de atenção hospitalar. Entretanto, há divergências crescentes entre as diretrizes, mostrando-se a necessidade de estudos que abordem mais profundamente essas questões.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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