INTRODUÇÃO: A saúde materna tem sido alvo de crescente interesse e investimento em inovações tecnológicas com o objetivo de reduzir complicações durante a gravidez e o parto, melhorar os resultados de saúde materna e neonatal, e proporcionar uma experiência mais positiva para as gestantes. Assim, a aplicação de tecnologias de monitoramento remoto e telemedicina, permitem o acompanhamento contínuo, consultas médicas virtuais para aconselhamento e orientação, reduzindo a necessidade de visitas presenciais ao consultório, especialmente em áreas remotas ou carentes de recursos. OBJETIVO: Descrever os efeitos da telemedicina na saúde materna na atualidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura com busca de artigos publicados nos últimos 5 anos nas bases de dado Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Science Direct, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Telemedicina”, “Saúde Materna” e “Gestação”. Os critérios de inclusão foram artigos originais na íntegra, entre os anos de 2020-2024, disponíveis em português, inglês e espanhol. Excluídos artigos de revisão ou textos que não respondessem ao objetivo da pesquisa. Sendo selecionados 7 artigos. RESULTADOS: A telemedicina na saúde materna atualmente demonstra uma aceitação favorável, com pacientes considerando a qualidade das consultas por telemedicina comparável às presenciais, com benefícios de redução de custos associados aos cuidados de saúde, expansão da cobertura de seguro, paridade de licenciamento interestadual e literacia digital. Além disso, a implementação de um modelo misto de atenção pré-natal, integrando teleconsulta e prontuário eletrônico, demonstrou impacto positivo nos resultados perinatais e maternos. Ademais, a teleconseling mostrou-se eficaz na redução da ansiedade e depressão em mulheres grávidas, oferecendo um método viável e econômico, especialmente em contextos de baixa renda onde o acesso aos cuidados de saúde é limitado. No entanto, é crucial que a equidade seja central nos modelos de telemedicina para evitar a intensificação das disparidades nos resultados obstétricos. CONCLUSÃO: Portanto, a telemedicina na saúde materna é uma evolução na forma de cuidado e na garantia de saúde, sendo bem aceita pelos pacientes e oferecendo consultas de qualidade e com menores custos. Contudo, é necessário garantir equidade nos modelos de telemedicina para evitar ainda mais desigualdades sociais na saúde.
Comissão Organizadora
Natállia Gabriela Silva Gomes
Comissão Científica