Correlação fisiopatológica do tumor neuroendócrino no diagnóstico de doença cardíaca carcinoide: uma revisão de literatura

  • Autor
  • Maria Isadora Rodrigues de Brito
  • Co-autores
  • Anne Gabrielle Silva Meneses , Julia Ribeiro Fontoura , Maria Eduarda Campos Romano Palhares Morais , Nina Veras Sanches Gadelha , Lessandra Silva Bazi
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: As neoplasias neuroendócrinas constituem uma categoria rara e heterogênea de tumores nas células neuroendócrinas, localizadas, principalmente, no trato gastrointestinal e no pâncreas. Nesse sentido, esses tumores podem induzir a secreção exacerbada de substâncias vasoativas, sobretudo a serotonina, a qual em níveis elevados pode levar a sintomas como rubor, sibilos, hipotensão e diarreia, originando a Síndrome Carcinoide (SC). Ao exibir esse quadro, metástases hepáticas ou retro-peritoneais já foram estabelecidas, liberando esse neurotransmissor continuamente na circulação. Logo, o coração é exposto a altos níveis de serotonina, formando depósitos fibrosos nas valvas cardíacas, especialmente nas câmaras direitas, e no endocárdio. Assim, a elevada concentração plasmática de serotonina, decorrente do tumor neuroendócrino (TNE), desencadeia a doença cardíaca carcinoide (DCC). OBJETIVO: Analisar a fisiopatologia da DCC em pacientes com TNE. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de seis estudos, completos, gratuitos, em inglês, realizados entre 2019 e 2024 e coletados nas plataformas: “PubMed” e “LILACS”, usando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Doença cardíaca Carcinoide” e “Tumor Neuroendócrino”. Literaturas destoantes da temática e repetidas foram excluídas. RESULTADOS: Evidenciou-se que a DCC ocorre em 40% dos pacientes com SC, manifestando-se com estenose e regurgitação da valva tricúspide em 90% dos casos. A partir desse quadro, notou-se que a insuficiência cardíaca direita é inevitável em pacientes se a DCC não for tratada adequadamente, resultando em um mau prognóstico oncológico em até 43% dos pacientes e sobrevida inferior a um ano em doentes sem intervenção. Ademais, observou-se que o tempo médio entre o diagnóstico do TNE e a confirmação de DCC foi de 64,8 meses em pacientes submetidos à ressecção do tumor primário e 28,4 meses em doentes não tratados. Por fim, comparou-se pacientes com TNE com DCC e com TNE sem DCC, concluindo que a taxa de mortalidade foi maior no primeiro grupo (28% vs. 13%). CONCLUSÃO: Logo, a DCC consiste na consequência mais grave do TNE, resultando em uma alta taxa de morbimortalidade em pacientes com esse quadro clínico. Assim, o diagnóstico e o tratamento precisos por uma equipe multiprofissional é importante para impedir o desenvolvimento da DCC e a piora do prognóstico oncológico.

  • Palavras-chave
  • Doença Cardíaca Carcinoide; Serotonina; Tumores Neuroendócrinos
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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