INTRODUÇÃO: O uso de cigarros eletrônicos (CE) vem crescendo desde sua introdução no mercado, muitas vezes considerados uma alternativa menos prejudicial aos cigarros convencionais (CC). CEs atraem principalmente jovens, graças ao design moderno, luzes coloridas e variedades de sabores. Embora visto como seguros, esses dispositivos contêm e-líquidos com altos níveis de nicotina, o que os associa a complicações semelhantes às dos CCs, incluindo câncer bucal. Os cânceres orais podem afetar lábios, gengivas, língua e mucosas, sendo o carcinoma de células escamosas o tipo mais comum. OBJETIVO: Avaliar a associação entre o uso de CEs e a ocorrência de neoplasias bucais. METODOLOGIA: O estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, a partir de trabalhos publicados nas bases de dados “PubMed” e “BVS”, utilizando os descritores “Neoplasias Bucais” e “Cigarros Eletrônicos”. Foram selecionados para análise artigos originais e revisões de literatura, publicados nos últimos 4 anos. RESULTADOS: Os principais resultados encontrados afirmam que as substâncias presentes nos CEs, quando oxidadas, formam compostos como formaldeído e acetaldeído, que são considerados cancerígenos quando aquecidos, além de haver, no vapor liberado, substâncias citotóxicas. Nesse sentido, apesar de não haver tabaco, a mistura de substâncias, juntamente com o vapor, pode levar a possíveis inícios de mutações, aumentando a possibilidade do câncer bucal. Foi inferido através das leituras que os impactos dos CEs estão além da nicotina, revelando morte celular e danos ao DNA na linhagem celular exposta ao vapor dos e-cigarros independentes de nicotina. Também constatou que a exposição aos CEs diminui a transcrição de proteínas essenciais para reparação de danos nos DNAs das células orais, aumentando futuramente o risco de câncer. CONCLUSÃO: O uso de cigarros eletrônicos (CEs) aumenta o risco de câncer bucal em comparação a não fumantes. Estudos mostram que usuários de CEs têm mais chances de desenvolver problemas como mutações celulares e danos ao DNA. Com o aumento do uso de CEs entre jovens, é crucial conscientizar sobre esses riscos e regulamentar seu uso para proteger a saúde pública. Além disso, mais pesquisas são necessárias para entender melhor os impactos de longo prazo desses dispositivos.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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