EFEITOS NEUROLÓGICOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA EPILEPSIA EM HUMANOS

  • Autor
  • Isabelly Cristina Haubert Moreira
  • Co-autores
  • Gustavo Henrique Santos Mouro , Karolina Vitória Loze Villela , Laura Marques Santos , Larissa Neves de Castro , Waleska Meireles Carneiro
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises epilépticas devido à atividade neuronal excessiva no cérebro, podendo ocorrer por fatores genéticos ou por lesão cerebral. Os pacientes com epilepsia, muitas vezes, desenvolvem problemas sociais, e os profissionais da saúde, com receio da atividade física induzir convulsões, não a recomendam. Demonstrar os efeitos do exercício físico, nesses casos, é uma maneira de demonstrar sua capacidade de promover bem-estar e quebrar paradigmas. OBJETIVO: Analisar as manifestações neurológicas do exercício físico na epilepsia em humanos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, buscando artigos publicados nos últimos 5 anos nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e  Public Medline (PubMed). Para o levantamento bibliográfico, foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Epilepsia”, “Atividade física” e “Manifestações neurológicas”, com o uso do operador booleano “AND”. Foram encontrados 32 artigos correspondentes aos anos de 2019 a 2024, sendo excluídos aqueles não originais e indisponíveis na íntegra online. Foram selecionados 5 artigos que se enquadram ao objetivo do estudo para análise neste trabalho. RESULTADOS: A revisão dos artigos destacou que o exercício físico pode reduzir a frequência de convulsões em pessoas com epilepsia, melhorando a plasticidade cerebral e aumentando os níveis de Fator Neurotrófico Derivado do Encéfalo (BNDF) no hipocampo. Exercícios de moderada a baixa intensidade são recomendados, pois ao longo do tempo podem atenuar a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) nos tecidos cerebrais e renais, combatendo o estresse oxidativo. Além disso, o exercício está associado à redução da glicose reativa e à indução de mecanismos anti-inflamatórios, promovendo neuroproteção. Outros efeitos benéficos incluem aumento da liberação de cálcio e estimulação da síntese de dopamina, bem como maior produção de b-endorfinas e esteroides, que podem influenciar a atividade elétrica neuronal e reduzir a frequência das crises. CONCLUSÃO: O exercício físico demonstrou-se eficaz ao promover uma boa qualidade de vida aos portadores de epilepsia, não justificando assim, o receio de médicos com o exercício físico ser um possível indutor de convulsões. Ao contrário disso, foi evidenciado manifestações neurológicas positivas, como a redução da frequência de episódios epilépticos.

     

  • Palavras-chave
  • atividade física; epilepsia; manifestações neurológicas
  • Modalidade
  • Comunicação oral
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