INTRODUÇÃO: A persistência das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) sofreu transformações ao longo do tempo, antes de caráter majoritariamente juvenil para um cenário que abarca cada vez mais os idosos. Com essa alta incidência de ISTs entre a população com mais de 60 anos, é essencial discutir e analisar os fatores que contribuem para a vulnerabilidade social dessa população. OBJETIVO: Elucidar a importância dos fatores sociais na vulnerabilidade do idoso frente às infecções sexualmente transmissíveis. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada a partir das bases de dados U.S. National Library of Medicine (PUBMED) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), a partir de 5 artigos científicos originais publicados entre 2018 e 2022 no idioma inglês e português, utilizando os seguintes descritores: HIV, idoso e vulnerabilidade social. RESULTADOS: O aumento de casos de ISTs entre idosos tem sido reportado e repercutido amplamente. O presente estudo buscou elencar e discutir os principais fatores que contribuíram para esse aumento. Entre os fatores elencados, cabe destacar o estigma social geral relacionado a assexualidade na velhice (sobretudo quanto a mulher), o que prejudica grandemente a falta de programas preventivos direcionado a esta população, e o estigma do próprio idoso, quanto a ideia de que as ISTs são atribuídas aos jovens, crença que limita a adoção de medidas preventivas na velhice. Além disso, outro fator determinante para o estudo foi a baixa escolaridade/falta de conhecimento quanto ao assunto, de modo que há desconhecimento quanto a cura, transmissão e prevenção da doença, avaliando de maneira subjetiva os riscos que esta população está exposta. CONCLUSÃO: Portanto, os diversos fatores elencados podem influenciar direta ou indiretamente a vulnerabilidade social dos idosos quanto às ISTs, sendo necessário a adoção de medidas que busquem sanar essas lacunas, para diminuir o índice desse problema de saúde pública.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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