INTRODUÇÃO: O uso de contracepção hormonal oral tem aumentado nos últimos anos, tanto para a prevenção de gestação não desejada, assim como para outros fins, como diminuição da tensão pré-menstrual, tratamento da acne, diminuição do fluxo menstrual. Entretanto, o uso indiscriminado desses fármacos subestima o potencial maléfico desse em contribuir para eventos trombóticos. Assim, é essencial discutir a relação entre o uso indiscriminado desses fármacos e a incidência de trombose em mulheres, no Brasil. OBJETIVO: Relacionar o uso indiscriminado de anticoncepcional hormonal oral com a alta incidência de eventos trombóticos em mulheres. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada a partir das bases de dados U.S. National Library of Medicine (PUBMED), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e SciELO (Scientific Electronic Library On-line), a partir de 5 artigos científicos originais publicados entre 2019 e 2023 no idioma inglês e português, utilizando os seguintes descritores: anticoncepção oral; trombose; mulher. RESULTADOS: O uso de anticoncepcional oral apresentou forte relação com a ocorrência de eventos trombóticos. Entre os tipos de anticoncepcionais, os que mais se relacionam com a patologia estudada, é o combinado (composto por estrogênio e progestogênio), enquanto que os eventos trombóticos mais comuns, em ordem decresente, foram trombose venosa profunda, tromboembolismo venoso, acidente vascular encefálico e embolia pulmonar. A incidência de trombose em mulheres com uso de contracepção hormonal oral, ainda, foi muito maior do que mulheres que não utilizavam este método. CONCLUSÃO: Logo, devido aos grandes malefícios que o uso do anticoncepcional oral apresenta, é necessário que seja revisada a recomendação desses fármacos, observando contraindicações, critérios de elegibilidade e o risco de eventos trombóticos.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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