INTRODUÇÃO: A neuromielite óptica (NMO) se apresenta com neurite óptica bilateral e desmielinização da medula espinhal. Essa síndrome é caracterizada pela presença patogênica de anticorpos para o principal canal de água dos astrócitos, aquaporina-4. O tratamento de crises agudas possui evidências sólidas na literatura. Entretanto, os tratamentos a longo prazo com agentes que reduzem os títulos de anticorpos ou que inibem o complemento não apresentam um consenso sobre eficácia e tolerabilidade nos pacientes. OBJETIVO: Evidenciar o perfil de eficácia e segurança das monoterapias atuais para NMO com anticorpos monoclonais humanizados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que seguiu a estratégia PICO. Com isso, realizou-se uma busca nas bases de dados National Library of Medicine and National Institutes of Health (PUBMED) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Foram utilizados os descritores “Neuromielite Óptica”; “Anticorpos Monoclonais Humanizados”; “Eficácia”, e seus respectivos termos em inglês. Os critérios de inclusão foram estudos clínicos randomizados publicados entre 2020 e 2024. Foram excluídos artigos que não respondiam à questão norteadora: “Quais são os perfis de eficácia e segurança das monoterapias recentes para NMO com anticorpos monoclonais humanizados? Essa busca criteriosa resultou na inclusão de 9 artigos.RESULTADOS: Existem quatro anticorpos monoclonais humanizados alvos de pesquisas recentes sobre sua eficácia, segurança, aplicabilidade clínica e tolerabilidade a longo prazo em pacientes com NMO. Cada um desses medicamentos demonstrou potenciais benefícios no controle de recaídas e gestão de sintomas associados ao NMO, com variações em seus perfis de segurança e riscos associados. Todas as monoterapias analisadas oferecem benefícios significativos em termos de redução de recaídas e possuem perfis de segurança que as tornam viáveis para uso prolongado. CONCLUSÃO:A escolha entre, as diferentes opções de monoterapias com anticorpos monoclonais humanizados, deve considerar a especificidade dos subtipos de NMO, a presença de anticorpos específicos, o histórico de tratamento anterior do paciente e a presença de outras condições médicas.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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