INTRODUÇÃO: A pandemia COVID-19 modificou o cenário mundial com o isolamento social, trazendo prejuízos significativos principalmente para crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista (TEA). Essa síndrome é caracterizada pelo conjunto de alterações no neurodesenvolvimento que afeta o comportamento como a deficiência na comunicação e na interação social, além do padrão de repetição e restrição. Sendo assim, esse grupo prefere estar em um ambiente previsível e a quebra disso como ocorreu com o cenário pandêmico gera uma instabilidade nesses indivíduos que são mais vulneráveis a mudanças. OBJETIVO: Analisar os efeitos do isolamento social gerado pela pandemia COVID-19 em crianças e adolescente com transtorno do espectro autista. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa com busca nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde e Google Scholar, utilizando os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS): “COVID-19”; “Criança” e “Transtorno do Espectro Autista”. Foram selecionados artigos em português e inglês com critérios de inclusão, artigos originais no intervalo de 2020 a 2024, sendo selecionados 4 artigos. RESULTADOS: Durante a pandemia houve uma visível mudança de comportamento em crianças e adolescentes com TEA com destaque para o isolamento, reação negativa a interação e a irritabilidade. No contexto pandêmico em que houve uma mudança brusca de rotina resultou na potencialização da ansiedade, estresse, angustia e depressão, uma vez que indivíduos com TEA tem maior dificuldade em se adaptar a mudanças repentinas. A restrição devido a pandemia ao acesso a serviços que auxiliavam no desenvolvimento do TEA contribuiu para a exacerbação de sintomas neurológicos e psiquiátricos. Além de afetar o tratamento dos pacientes também retardou o diagnóstico naqueles com atraso no desenvolvimento global. Ademais, foi observado alteração do sono, dificuldade de concentração, tédio e alteração na alimentação durante o isolamento social. CONCLUSÃO: Assim, é possível concluir que a pandemia COVID-19 com a quebra de um padrão de rotina teve impacto direto e negativo na saúde mental de crianças e adolescentes com TEA. Assim, é preciso compreender as particularidades vividas por esse grupo em situação de isolamento social e por conseguinte, incluir estratégias multidisciplinares específicas, a fim de promover atenção integral à saúde.
Comissão Organizadora
Natállia Gabriela Silva Gomes
Comissão Científica