INTRODUÇÃO: O traumatismo crânio encefálico (TCE) é uma lesão decorrente de traumas externos, podendo ter repercussões temporárias ou permanentes nas funções motora e cognitiva, inclusive evoluindo para óbito. A lesão cerebral pode ser primária, quando ocorre no momento exato do trauma, ou secundária, quando ocorre posteriormente, devido a complicações intra e extracerebrais. O TCE pode ser classificado quanto à gravidade em leve, moderado e grave, utilizando a Escala de Glasgow como indicador clínico. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico do traumatismo cranioencefálico e os fatores presentes nas vítimas que evoluíram para desfecho desfavorável. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, sendo realizada através da busca na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde usando os descritores: “Traumatismo cranioencefálico” e “Serviços Médicos de Emergência”. Foram incluídos 5 artigos que atendiam ao objetivo e cujo período de publicação se limitou aos últimos 10 anos. RESULTADOS: Verificou-se que a etiologia predominante do trauma foi acidentes de trânsito, seguido por agressões por arma de fogo. A faixa etária mais afetada é a do adulto jovem, sendo o sexo masculino predominante em todas as etiologias do trauma. Não houve diferença significativa quanto ao estado civil das vítimas, sendo a porcentagem de solteiros aproximada a de casados e quanto à escolaridade, a maioria das vítimas possuía o ensino fundamental. Foram observadas divergências em relação à gravidade do TCE, mas lesões graves associaram-se a desfechos fatais. Ademais, em relação ao tipo de lesão o hematoma extradural foi mais frequente nos pacientes com TCE leve e grave, enquanto o hematoma subdural foi a lesão de maior ocorrência nos casos moderados. Por fim, foi constatado que a avaliação dos reflexos e o registro dos dados dos pacientes são indispensáveis para análise da evolução das vítimas e prestação da assistência, mas que a dinâmica dos serviços de urgência e emergência dificultam essa prática. CONCLUSÃO: Conclui-se que homens jovens, casados e com ensino fundamental completo estão mais suscetíveis a TCEs por acidentes automobilísticos ou agressões por arma de fogo. Esses achados podem subsidiar a implementação de medidas preventivas e melhorias no manejo desse tipo de trauma e suas complicações.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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