O papel da exposição prolongada à cannabis na anestesia para procedimentos endoscópicos: explorando implicações clinicas

  • Autor
  • Laura Marques Andrade
  • Co-autores
  • Gabrielle Araujo Debastiani , Vitor Arantes de Castro , Isadora Ferreira Rêgo Brandão , Bruno Silva Romano , Luciana Vieira Queiroz Labre
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A cannabis, popularmente conhecida como maconha, é uma das substâncias mais utilizadas globalmente. Assim como qualquer medicamento, ela possui potencial para interagir com outros fármacos, levantando preocupações sobre o risco aumentado de subdosagem anestésica. Esta preocupação é particularmente relevante em procedimentos endoscópicos, nos quais o Propofol é frequentemente utilizado para sedação. Estudos recentes têm destacado a interação entre a cannabis e o Propofol, evidenciando a necessidade de uma compreensão mais aprofundada desses efeitos para garantir uma prática anestésica segura e eficaz durante esses procedimentos. OBJETIVO: Avaliar os impactos do uso de cannabis na resposta anestésica durante a realização da endoscopia. METODOLOGIA:  Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, produzida a partir da análise de artigos originais publicados nas plataformas de pesquisa National Library of Health (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “cannabis”, “anestesia” e “propofol”, associadas ao operador booleano “AND”. Critérios de exclusão: artigos que abordavam os descritores de forma isolada, fora do recorte temporal, ou tangenciavam o tema. Critérios de inclusão: artigos que abordavam todos os descritores selecionados e publicados nos últimos 5 anos. A partir disso foram encontrados 18 artigos, dos quais 5 foram selecionados. RESULTADOS: Com a leitura dos artigos, foi observado que os pacientes que relataram uso de cannabis (n=25) por mais de uma semana necessitaram de doses significativamente mais altas de propofol, demonstrando uma necessidade de propofol 220,5% superior para realizar a endoscopia e garantir uma indução clínica satisfatória ao inserir máscara laríngea. Além disso, altas doses de propofol estão associadas a hipotensão, bradicardia, depressão respiratória e vômitos. Essa interação medicamentosa, com anestésicos como o propofol, está associada à quantidade de THC presente na cannabis, pois possui uma taxa de eliminação lenta. Entretanto, outro estudo não demonstrou diferença estatisticamente significativa na necessidade de propofol entre os grupos de cannabis e controle. CONCLUSÃO: Conclui-se assim que a exposição à cannabis parece estar associada a um aumento na dose de propofol, necessária para sedação endoscópica. São necessárias mais pesquisas para compreender completamente essa interação medicamentosa.

     

  • Palavras-chave
  • Anestesia; Cannabis; Propofol.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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