INTRODUÇÃO: Os anticoncepcionais orais têm sido utilizados desde sua introdução nos anos 60, e se constituem como o método contraceptivo mais comum devido a vários fatores, como reversibilidade e menores efeitos colaterais. Contudo, os efeitos adversos do uso de contraceptivos orais (CO) tem sido objeto de muitas pesquisas, incluindo a relação entre o seu uso e o desenvolvimento hipertensão arterial (HA), dada a forte associação entre aumentos incrementais da pressão arterial e risco cardiovascular. OBJETIVO: Avaliar a relação entre o uso de contraceptivos orais e o risco de hipertensão arterial. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada através da busca nas bases de dados PubMED, Google Acadêmico e SciELO, a partir dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH):“Contraceptivos Orais”, “Efeitos Colaterais” e “Hipertensão Arterial”. O operador booleano utilizado foi "AND". A busca foi realizada em abril de 2024. Os critérios de inclusão foram: artigos originais na íntegra, entre os anos de 2018 e 2023, disponíveis em português e inglês. Excluídos textos incoerentes com o tema abordado, que não respondessem ao objetivo da pesquisa, bem como cartas ao editor, editoriais e relatos de casos. RESULTADOS: Os estudos analisados avaliaram a relação entre o uso de anticoncepcionais orais e o risco de hipertensão arterial. Nesse cenário, os estudos observaram taxas mais altas de hipertensão entre mulheres com histórico de uso de contraceptivos orais em comparação com mulheres que não usam. Além disso, constataram que o risco de desenvolver HA também está relacionado com o tempo de uso dos contraceptivos orais. Outro ponto relatado, foi a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona pelos componentes estrogênicos e progestagênicos presentes nos anticoncepcionais orais. CONCLUSÃO: Portanto, foi constatado que o uso de anticoncepcionais orais está relacionado com o risco de hipertensão arterial, principalmente em mulheres com longo tempo de uso e que apresentam fatores de risco, como hipertensão na gravidez e em familiares, obesidade, entre outros.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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