INTRODUÇÃO: A confidencialidade é um elemento da ética médica essencial na consulta hospitalar, especialmente em pacientes pediátricos, para o estabelecimento de uma adequada relação médico-paciente. As diretrizes em relação à saúde dos adolescentes trazem a necessidade e a importância da confidencialidade no acompanhamento médico. OBJETIVO: Analisar o ponto de vista dos pais ou responsáveis sobre a prática da confidencialidade em pacientes pediátricos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura. A busca dos artigos foi realizada em língua inglesa, a fim de obter um maior número de resultados, nos seguintes bancos de dados: PubMed, Google Acadêmico e LILACS, utilizando-se das palavras chaves: Adolescents, Childrens, Ethics, Health Care, Medical Confidentiality, Parents e Pediatrics. Como critério de inclusão foram considerados artigos originais completos e disponíveis gratuitamente. RESULTADOS: A opinião dos responsáveis é moldada a partir dos fatores: confiança, responsabilidade e causa do problema ou doença, resultando em divergências consideráveis se o profissional deve manter o sigilo, variando com a gravidade da situação e relação de comunicação estabelecida entre responsável, paciente e médico. Entretanto, é constatado benefícios relacionados ao cuidado de forma confidencial, como o incentivo a falar de assuntos delicados, além de proporcionar mais autonomia e independência ao paciente. O receio de não ser informado sobre assuntos importantes é o maior medo relatado pelos pais ou responsáveis, especialmente em casos que envolvem saúde mental, distúrbios alimentares, uso de drogas, infecções sexualmente transmissíveis e gravidez. CONCLUSÃO: Existe uma escassez de trabalhos que investiguem o ponto de vista dos pais ou responsáveis em relação à confidencialidade entre seu filho e um médico. A opinião dos pais ou responsáveis é variável, a depender do caso e gravidade da doença apresentada pelo paciente pediátrico. Em geral, situações mais graves tendem a não ter apoio da manutenção do sigilo médico-paciente, enquanto casos mais brandos são incentivados à construção de uma relação de confidencialidade.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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