INTRODUÇÃO: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) tem sido um grande problema de saúde em todo o mundo desde que a doença foi reconhecida em 1981 e, embora a prevalência do HIV tenha diminuído constantemente nos últimos anos devido aos avanços na investigação e tratamento, 38 milhões de pessoas ainda viviam com o HIV em 2019, sendo 1,8 milhões delas crianças de 0 a 14 anos. Desse modo, as equipes de saúde assistiram ao surgimento de uma nova população, com necessidades específicas, tendo o estigma social como grande barreira. OBJETIVO: Definir os principais desafios e reflexões relacionadas à estigmatização do HIV na população infantil brasileira atual. METODOLOGIA: Para a composição da revisão integrativa de literatura foram usados 4 artigos, obtidos nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed) e Google Acadêmico, com os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS) “HIV”, “crianças” e “estigma social” entre os anos de 2020 e 2024. Foram excluídos artigos duplicados, estudos com resultados incompletos, insuficientes ou que tratassem de outras doenças, faixas etárias ou outros países. RESULTADOS: O estigma, referente ao processo social de rotulagem, é um dos problemas mais importantes relacionados à qualidade de vida da criança portadora de HIV, que é muitas vezes culpabilizada por sua doença, enfrentando diversos desafios, principalmente: ansiedade relacionada a revelação, adesão à medicação, sentimentos de anormalidade, problemas de saúde mental e exclusão social. No que tange ao portador mais jovem, os desafios estão intimamente associados à falta de conhecimento e ao medo da opinião de amigos e familiares. Em contrapartida, pacientes adultos relatam que a maior experiência, com o estabelecimento de relações conjugais, incluindo parceiros e filhos soronegativos (ligados ao acesso ao tratamento) permitiu ressignificar o medo da estigmatização. CONCLUSÃO: A construção de ações direcionadas à educação em saúde acerca do HIV/Aids é essencial para iniciar a superação das barreiras de estigmatização, promovendo bem estar, universalidade em saúde, autonomia, direito à informação, integralidade e inclusão social do portador jovem no Brasil.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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