INTRODUÇÃO: Biomarcadores podem ser definidos como atributos mensuráveis dentro de um processo patológico ou normal, que apresentam relevância clínica. O entendimento sobre os biomarcadores cardiovasculares auxiliam na triagem clínica, diagnóstico precoce, prognóstico e monitoramento das doenças que afetam esse sistema, incluindo o infarto agudo do miocárdio (IAM). A evidenciação de novos marcadores contribuem no direcionamento clínico do IAM, favorecendo uma melhor conduta médica. OBJETIVO: Investigar a utilização de novos biomarcadores para a avaliação clínica do infarto agudo do miocárdio. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, na modalidade integrativa, realizada através de pesquisas nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico, utilizando os descritores “Biomarcadores”, “Doenças cardiovasculares”, “Fibrose miocárdica” e “Infarto do Miocárdio”. Foram selecionados artigos originais, publicados nos últimos cinco anos, que respondessem ao objetivo. RESULTADOS: Os 10 artigos selecionados apresentaram como prováveis novos biomarcadores do infarto agudo do miocárdio as proteínas de ligação a ácidos graxos do tipo coração (H-FABP), visto a correlação dessa proteína com a lesão cardíaca, sendo passível sua detecção após 20 minutos da ocorrência de lesão miocárdica. Como também, a galectina-3, uma lectina expressa por macrófagos, que possui um papel no processo de fibrose e na inflamação, foi considera um possível marcador, posto que, após o IAM há rapidamente o seu aumento sérico, antes da implantação de maiores agravos desfavoráveis. Além desses, o microRNA-208, expressos em cardiomiócitos, apresentaram alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico de IAM, podendo ser detectados dentro de 2 horas após a lesão, mas voltam aos valores normais em 24h. CONCLUSÃO: A perspectiva futura da utilização de novos marcadores para o IAM é bastante promissora, posto que há resultados favoráveis para a utilização de diferentes moléculas que podem auxiliar no diagnóstico, prognóstico e no monitoramento clínico dessa doença. Entretanto, ainda há desafios para serem superados para a sua utilização, como fatores econômicos, devido ao alto custo para detecção, e escassez de estudos corroborativos.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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