POTENCIAL TERAPÊUTICO DE CANABINOIDES EM TRANSTORNOS DE DOR CRÔNICA
Introdução: A cannabis é uma planta milenar, cultivada por muitos povos e utilizada na medicina, indústria, rituais religiosos e recreativamente – principal motivo pelo qual seu uso foi limitado e reprimido em muitas sociedades. A dor crônica é um problema de magnitude global e seu tratamento ainda é limitado e muitas vezes ineficaz, além de perigoso, já que muitos pacientes recorrem a analgésicos opióides, por exemplo – medicamentos com alto risco de dependência e muitos efeitos adversos. Dessa forma, as evidências têm revelado um papel importante sobre o uso da cannabis medicinal e da interação do sistema endocanabinoide com outros fármacos para o tratamento de dor crônica. Objetivo: Analisar o potencial terapêutico da cannabis medicinal no tratamento e alívio da dor crônica. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, buscando artigos publicados nos últimos 5 anos nas bases de dados SciELO e BVS, utilizando os descritores: dor crônica, canabinoides, usos terapêuticos. Foram usados 3 artigos em português e uma tese de mestrado para esse trabalho. Resultados e Discussão: A Cannabis sativa L. possui mais de 500 compostos, dos quais mais de 100 são canabinoides, destacando-se o THC, CBD e CBN, presentes nos medicamentos existentes e que atuam no sistema endocanabinoide, o qual tem receptores amplamente distribuídos no organismo e responsáveis por várias funções fisiológicas. Parte da literatura sugere que, nos estudos realizados com esses compostos, há considerável melhora analgésica tanto na crise quanto como prevenção a longo prazo, além de melhoria no sono e na qualidade de vida e diminuição da incapacidade. Outra parte da literatura discorda, quando traz que essa melhora não é tão relevante clinicamente, sendo apenas temporária, além de os riscos superam os benefícios, principalmente no viés psiquiátrico e cognitivo dos pacientes. Considerações finais: Portanto, pode-se inferir que o uso terapêutico da cannabis no tratamento da dor crônica ainda é controverso, exigindo mais pesquisa e investigação, apesar de já apresentar resultados promissores que podem melhorar a vida de muitas pessoas que sofrem diariamente com dor crônica.
Comissão Organizadora
Natállia Gabriela Silva Gomes
Comissão Científica