INTRODUÇÃO: A expansão das escolas de medicina no Brasil tem sido um fenômeno marcante nas últimas décadas, impulsionado por fatores, como políticas governamentais de ampliação do ensino superior e a crescente demanda por profissionais de saúde. No entanto, essa expansão não foi acompanhada por medidas adequadas para garantir a qualidade da formação médica e a sustentabilidade do sistema de saúde. Um descompasso entre o número de egressos em medicina e as oportunidades de especialização e emprego tem sido observado, especialmente em regiões onde a oferta de vagas de residência médica é insuficiente. OBJETIVO: Analisar o aumento da abertura de escolas de medicina no Brasil e suas implicações na formação médica. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de estudos, com pesquisa em bases de dados em: Scientific Library Online (SCIELO), BVS e Google Acadêmico. Foram pesquisados artigos originais, na língua portuguesa, publicados nos anos de 2019 a 2024. Foram excluídos artigos que não foram pesquisados no Brasil, trabalhos duplicados, teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os 05 artigos selecionados apresentaram que houve um aumento considerável na abertura de escolas de Medicina. Entre 2000 e 2019, houve um aumento de 214,9% no número de instituições, refletindo um esforço para suprir as necessidades do sistema de saúde e da população. A proliferação de escolas de medicina, principalmente privadas, sem um aumento proporcional na infraestrutura de saúde, pode levar a uma sobrecarga do sistema e comprometer a qualidade e o acesso aos cuidados de saúde. Os estudantes de medicina expressam preocupação com o excesso de escolas. CONCLUSÃO: Diante desse cenário, torna-se urgente a implementação de políticas e medidas que visem promover a qualidade da formação médica, garantindo a sustentabilidade do sistema de saúde e atendendo às preocupações dos estudantes em relação à proliferação descontrolada de instituições de ensino médico. É fundamental que haja um equilíbrio entre o aumento do número de profissionais de saúde e a capacidade do sistema de saúde de absorvê-los, assegurando que todos os cidadãos tenham acesso a cuidados médicos de qualidade e de forma equitativa.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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