INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode ser transmitida durante a relação sexual, por transfusão sanguínea ou por via vertical. Apesar da sua sintomatologia variada e estágios, se não for diagnosticada e tratada precocemente, pode evoluir com complicações graves e até mesmo óbito. OBJETIVO: Analisar informações epidemiológicas do Brasil sobre a sífilis durante a gestação no período de 2018 a 2022 METODOLOGIA: Trata-se de estudo ecológico, retrospectivo, quantitativo e descritivo, cujos dados foram obtidos a partir de consultas realizadas no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), através da plataforma DATASUS, referente as taxas de sífilis em gestantes no período de 2018 a 2022 no Brasil. RESULTADOS: Durante o período analisado, observou-se que a região sudeste apresentou a maior prevalência de sífilis em gestante, totalizando 160.776 casos, equivalente a 46% do total nacional. Em contrapartida, a região Centro-Oeste registrou o menor número de casos, somando 28.038 casos, representando 8% dos total de casos. Notavelmente, dentre os períodos estudados, o ano de 2022 apresentou a maior incidência com uma curva crescente desde 2018. Quanto à faixa etária, mulheres entre 20 e 39 anos correspondem a aproximadamente 75% dos casos, seguidas pelas jovens de 15 a 19 anos. CONCLUSÃO: Com base nos dados apresentados, é evidente o aumento exponencial dos casos de sífilis gestacional, representando, desta forma, um problema significativo de saúde pública no Brasil. A alta prevalência, principalmente na região sudeste, sugere a necessidade de medidas preventivas e de intervenção eficazes para combater a doença e suas complicações. Além disso, a concentração de casos em mulheres jovens e de meia idade destaca a importância da educação sexual, políticas públicas e da ampliação do acesso aos serviços de saúde para um diagnóstico precoce e tratamento adequado.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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