INTRODUÇÃO: A psicodermatologia é uma área que relaciona a psicologia com a dermatologia de modo a evidenciar o impacto de alterações psíquicas na pele. Nesse sentido, nos últimos anos essa área tem ganhado bastante destaque em virtude do aumento das manifestações da ansiedade e estresse na derme e epiderme e a necessidade de reconhecimento dos casos para o tratamento assertivo. OBJETIVO: Apresentar as principais manifestações clínicas desencadeadas pela ansiedade e depressão na pele. METODOLOGIA: O estudo trata-se de uma Revisão Integrativa, em que foram utilizados os descritores “manifestações cutâneas”, “ansiedade” nas bases de dados PUBMED, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Analisou-se 25 artigos nos idiomas inglês e português entre os períodos de 2019 a 2024 e foram selecionados 5 artigos. RESULTADOS: A psicodermatologia, área que estuda a relação mente pele, é contemporaneamente dividida em 3 grupos de perturbações psiquiátricas sendo elas: primárias, envolvendo manifestações como escoriações, tricotilomania, dermatite artefacta; secundárias, resultado do impacto emocional de doenças graves, desconfigurantes ou dolorosas; e psicofisiológicas que envolve transtornos caracterizados por sintomas físicos afetados por questões emocionais. Nesse sentido, as doenças de pele podem ser causa, agravamento ou resultado de desordens psíquicas sobretudo em casos de ansiedade e depressão. Sob esse viés, o estresse e a ansiedade foram apontados como possíveis causas de dermatite atópica, acne, vitiligo, quadros alérgicos, rosácea e psoríase. Além disso, as patologias da psique exercem papel retroalimentador de tais quadros dermatológicos uma vez que a autoestima dos cidadãos tende a ficar abalada com a presença das manifestações cutâneas. Dessa forma, o tratamento das doenças muitas vezes não tange apenas medicamentos específicos para o quadro físico, mas também terapia cognitivo comportamental, principalmente. CONCLUSÃO: Os estudos já existentes na área ainda que mostrem a evidente relação psique e pele, não foram capazes de quantificar as exacerbações das dermatoses, sendo apenas evidente algumas patologias mais frequentes. Além disso, o entendimento do quadro deve ser individualizado e ir além do tratamento físico do paciente.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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