INTRODUÇÃO:Os transtornos psiquiátricos constituem uma disfunção da atividade cerebral, que pode gerar prejuízos emocionais e físicos de forma significativa. Trazendo consequências para o humor, para o comportamento e principalmente para a autoestima, promovendo uma dificuldade de aceitação e percepção dismórfica sobre sua aparência. O que corrobora para a busca por procedimentos cirúrgicos, fator esse que leva à satisfação ou ao aumento da insatisfação corporal após o procedimento. OBJETIVO:O objetivo do presente estudo foi fornecer uma visão sobre como os distúrbios psiquiátricos influenciam na autoimagem e na busca por procedimentos cirúrgicos para correção de aspectos estéticos do paciente, estendendo muitas vezes à submissão desnecessária a técnicas cirúrgicas invasivos. METODOLOGIA:Trata - se de uma revisão integrativa, com estudos coletados nas bases BVS, Scielo e Pubmed, utilizando os termos DeCS:“Plastic surgery” and “mental health" . Foram encontrados 107 artigos. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade foi possível a inclusão de 4 artigos, os critérios de inclusão foram : artigos completos publicados na língua inglesa e portuguesa no intervalo de cinco anos. RESULTADOS:Estudos mostram que cerca de 50% dos indivíduos que buscam cirurgias plásticas, possuem critérios diagnósticos para transtornos psiquiátricos, principalmente transtornos associados à imagem corporal ,entre eles, destaca-se o Transtorno Dismórfico Corporal (TDC)e o transtorno de ansiedade. Esses pacientes associam a cirurgia plástica a uma melhora na autoimagem e na qualidade de vida. Concomitante, a busca por processos cirúrgicos cresceu esporadicamente nos últimos anos, levando a outro tópico dos estudos :o insucesso ou a insatisfação do paciente após um procedimento estético, efeito esse que pode acarretar na piora desses sintomas, principalmente quando o paciente já possui histórico ou diagnóstico atual de determinados transtornos psiquiátricos. CONCLUSÃO:Cabe ao profissional de saúde assumir uma postura eticamente correta, respeitando a autonomia do paciente, mas também levando em consideração as indicações técnicas, os riscos associados e, principalmente, os benefícios que os procedimentos trarão ao seu paciente. É importante evitar a contraindicação, mas estar atento para o reconhecimento dos sinais e sintomas desses transtornos. Além de um encaminhamento para profissionais voltados para a área da saúde mental, com intuito de tratar o atual transtorno e evitar futuras frustrações.
Comissão Organizadora
Natállia Gabriela Silva Gomes
Comissão Científica