INTRODUÇÃO: Atualmente, a puericultura tornou-se uma ciência que visa o bem-estar da criança e da família. Dentre seus objetivos, a prevenção de doenças crônicas e a detecção de transtornos comportamentais têm recebido grande destaque. Em outro plano, entende-se que a Atenção Primária à Saúde (APS) é a principal forma de atendimento em saúde do país, e desse modo, a melhor forma de disseminar a importância da puericultura. Este estudo visa atualizar os protocolos de atendimento na atenção básica de saúde - alcançaram expansão nacional, mas enfrentam desafios estruturais - enfocando o papel do pediatra na detecção precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA). OBJETIVO: Levantar novas perspectivas em puericultura na atenção básica e ressaltar a ação do pediatra na identificação do TEA. METODOLOGIA: Para o desenvolvimento deste trabalho, fez-se uma pesquisa utilizando os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS): “Child Care”, “Primary Health Care”, “Autism Spectrum Disorder”, “Pediatrician“. As fontes de busca foram a Biblioteca Virtual em Saúde e o PubMed. Foram utilizados 4 artigos, publicados entre os anos de 2017 e 2021. RESULTADOS: Os resultados demonstraram que o diagnóstico precoce do TEA é crucial, permitindo encaminhamentos e obtendo melhores desfechos por aproveitarem a neuroplasticidade do cérebro em idades mais jovens. Além disso, oferece opções terapêuticas farmacológicas ou não. No entanto, lacunas de conhecimento e crenças discrepantes foram identificadas. Sugere-se a testagem genética para obtenção de dados mais confiáveis. Por fim, apesar da alta administração do questionário aos pais em redes de atenção primária, o seu uso e as taxas de encaminhamento imediato para Intervenção Precoce foram frequentemente baixas. CONCLUSÃO: Conclui-se que as novas perspectivas em puericultura enfatizam a importância da atuação do pediatra com outros profissionais, a fim de estabelecerem um diagnóstico de TEA mais completo. O uso de tecnologias e questionários facilitam o rastreamento e a conclusão clínica, promovendo melhor qualidade de vida para os pacientes. É essencial que a equipe de saúde se mantenha atualizada sobre o TEA e desenvolvam estratégias terapêuticas adequadas para apoiar esses pacientes e suas famílias, principalmente os profissionais da APS, muitas vezes responsáveis pelo contato primário e longitudinal do paciente.
Comissão Organizadora
Natállia Gabriela Silva Gomes
Comissão Científica