Os efeitos da Estimulação Encefálica Profunda na Síndrome de Tourette

  • Autor
  • Carolina Arantes Camargo
  • Co-autores
  • Ana Luiza Silveira Alencar , Dejamar Vinícius Dias Marinho , Talita Braga
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A Síndrome de Tourette (ST) consiste em um distúrbio neuropsiquiátrico crônico, caracterizada por tiques vocais e motores, que não apresentam fatores de melhora espontânea e podem piorar com o tempo, além de estar na maioria dos casos associada a comorbidades psiquiátricas, como o transtorno obsessivo-compulsivo. A ST é essencialmente uma doença infantil, chegando ao seu ápice aos 10 a 12 anos, mas pode persistir até a vida adulta, debilitando e incapacitando o portador da doença. Para pacientes com tiques refratários é considerado como opção terapêutica a Estimulação Cerebral Profunda (ECP), realizada principalmente na região talâmica, mas que também se mostrou eficaz em outras áreas cerebrais diferentes, como nos gânglios da base e no núcleo subtalâmico. Entretanto, o pós-cirúrgico ainda é conflitante, podendo provocar efeitos positivos em alguns pacientes, como a remissão dos sintomas, e em alguns casos o quadro se mantem estável. OBJETIVO: Analisar os efeitos da estimulação encefálica profunda na Síndrome de Tourette. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura, elaborada com 5 artigos de língua inglesa, publicados no Pubmed e Scielo, nos últimos 10 anos, por meio dos seguintes descritores: “Síndrome de Tourette”, “Estimulação Encefálica Profunda”, “Tálamo”. RESULTADOS: A literatura evidencia que a participação dos receptores de dopamina e nicotínicos de acetilcolina participam na redução de tiques, assim como a estimulação do globo pálido interno anteromedial (amGPi) e do globo pálido póstero-ventral (pvGPi). Nos estudos, foram utilizados escalas de avaliação (YGTSS e YBOCS), nos quais se viram alterações significativas na medida YBOCS, principalmente nos pacientes submetidos à cirurgia no amGPi. A maioria dos pacientes apresentaram redução dos sintomas da síndrome de Tourette e das comorbidades psiquiátricas associadas, mas, em alguns casos, se observou efeitos colaterais, principalmente relacionados à tontura, ansiedade transitória, a agitação e má coordenação. CONCLUSÃO: A análise da conectividade cerebral, assim como o local de atuação cirúrgica são essenciais para a compreensão dos efeitos da estimulação encefálica no tratamento da Síndrome de Tourette, principalmente a fim de evitar efeitos colaterais e complicações que possam prejudicar a qualidade de vida do paciente futuramente, buscando evitar maiores adversidades.

  • Palavras-chave
  • Síndrome de Tourette; Estimulação Encefálica Profunda; Tálamo.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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