INTRODUÇÃO: A atenção à saúde no Brasil tem vivenciado um aumento significativo na prevalência de doenças respiratórias agudas nos últimos anos. Um dos maiores exemplos, a bronquiolite viral aguda, apresenta-se como uma das principais causas de hospitalização em crianças e ainda é responsável por um número considerável de mortes nos primeiros 2 anos de vida. OBJETIVOS: Ressaltar a importância do manejo clínico precoce da bronquiolite viral aguda a fim de reduzir a morbimortalidade das crianças infectadas pelo vírus sincicial respiratório. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de integrativa, através de artigos publicados nos últimos 5 anos de 2019 a 2021 nas bases de dados PubMed e SciELO, utilizando os descritores: "Bronchiolitis", "children", "management". RESULTADOS: A bronquiolite viral aguda é uma das infecções respiratórias mais comuns, afetando principalmente crianças menores de 2 anos. De acordo com a literatura, os casos de bronquiolite viral aguda associados à síndrome respiratória aguda grave necessitam de suporte ventilatório e aumentam o risco de internação em unidade de terapia intensiva, com isso tem pior prognóstico. Desse modo, seu manejo clínico é internacionalmente consensual e definido com suplementação de oxigênio e correção dos distúrbios hidroeletrolíticos. O uso de corticosteróides e broncodilatadores inalatórios são consideradas intervenções desnecessárias. Além disso, o reconhecimento precoce e, consequentemente, a instalação da oxigenoterapia precoce é capaz de reduzir as intervenções inadequadas e propiciar um melhor prognóstico através de um tratamento clínico baseado em evidências e com boa relação custo-benefício. CONCLUSÃO: A implementação de estratégias de diagnósticos e tratamentos precoces, principalmente nas crianças com bronquiolite viral aguda hospitalizadas evita o excesso de intervenções inadequadas no tratamento das crianças infectadas pelo vírus sincicial respiratório.
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