INTRODUÇÃO: Os distúrbios de saúde mental representam uma das principais causa de morbidade no mundo. Estima-se que os transtornos de ansiedade afetem cerca de 8% da população mundial. Diante disso, surge uma crescente necessidade de abordagens inovadoras para a promoção da saúde mental. Nesse contexto, as tecnologias em saúde podem ser recursos promissores para aprimorar a eficiência dos serviços, pois oferecem uma maneira conveniente de monitoramento contínuo e rastreamento de alterações fisiológica tais como temperatura, pressão arterial, entre outros. A tecnologia vestível inclui dispositivos que podem ser usados no corpo (smartwatches, óculos ou pulseiras inteligentes), próximos ao corpo ou de categoria têxtil. Sendo assim, as tecnologias vestíveis podem ser uma ferramenta valiosa na assistência e promoção à saúde. OBJETIVO: Analisar o uso das tecnologias vestíveis na promoção da saúde mental. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura que tem como objetivo responder à pergunta norteadora: "Quais os efeitos das tecnologias vestíveis na promoção da saúde mental em adultos?". Para isso, foram consultadas as seguintes bases de dados: PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scopus, utilizando os seguintes descritores: "Wearable Electronic Devices" AND "Mental Health" AND "Anxiety Disorders". Foram selecionados artigos publicados entre 2019 e 2024, escritos em inglês e de livre acesso. RESULTADOS: Os estudos revisados indicam que pessoas com ansiedade têm uma inclinação maior para utilizar dispositivos digitais para cuidados e monitoramento da saúde. Além disso, essas ferramentas mostraram-se eficazes na promoção e adoção de estilos de vida saudáveis, evidenciando seus benefícios na saúde física dos usuários. Houve evidências de que as tecnologias vestíveis podem facilitar o cuidado colaborativo, uma vez que o monitoramento remoto pode fornecer dados valiosos nas decisões clínicas, funcionando como um biomarcador digital e resultando em uma abordagem mais individualizada. CONCLUSÃO: As tecnologias vestíveis mostram-se promissoras no contexto da prática clínica e nas decisões terapêuticas, sugerindo um potencial significativo para melhorar a assistência à saúde. No entanto, para validar seus benefícios na saúde mental são necessários mais estudos que atestem sua eficácia específica no tratamento e manejo dos distúrbios de saúde mental.
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Natállia Gabriela Silva Gomes
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