Há estudos que indicam uma relação bidirecional entre diabetes mellitus (DM) e depressão, sendo mais evidente quando se trata do Diabetes mellitus II (DMII). Na maioria dos casos, essa associação pode afetar a qualidade de vida do paciente, favorecendo para um mau prognóstico.
Este estudo tem como objetivo revisar a literatura sistematicamente, apresentando as principais evidências científicas acerca de diabetes mellitus e depressão se ambas possuem alguma relação.
Esta é uma revisão sistemática da literatura, baseada no método PRISMA com síntese de evidências científicas. Fundamentada na pergunta norteadora “DM e depressão possuem alguma relação? ”. A seleção dos artigos para revisão foi realizada no MEDLINE, EMBASE, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Web of Science e SciELO, usando os seguintes descritores: diabetes tipo 2, comorbidades, depressão e fisiopatologia, sendo selecionados os artigos publicados de 2000-2021, disponíveis em inglês, espanhol ou português. Cada artigo e suas respectivas referências foram obtidos na íntegra e analisados.
Foi identificado que em pacientes diabéticos, especialmente tipo II, apresentavam uma predisposição a depressão, fato este que é evidenciado em um estudo que concluiu que após a aplicação do Questionário de Saúde do Paciente (PHQ-9) para avaliar os sintomas de depressão e a Escala de Desordem de Ansiedade Generalizada (GADS) para avaliar os sintomas de ansiedade, 88% dos participantes diabéticos foram diagnosticados com depressão menor (escores no intervalo de 3 a 17) e 6,8% com depressão ansiosa maior (escore total ?18). A relação entre DM e depressão apresentada nos diferentes artigos constituintes desta revisão está pautada em alguns fatores, os quais podem justificar a existência desta relação. Sendo os principais: idade dos pacientes, gênero e tratamento.
A relação diabetes-depressão mostrou-se como um fator relevante no desenvolvimento de complicações clínicas. A depressão inviabiliza as práticas de autocuidado, interferindo diretamente no controle glicêmico dos pacientes, corroborando para um pior prognóstico.
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