Introdução: Os exames laboratoriais têm relevância no diagnóstico e monitoramento da infecção pelo COVID-19. As alterações mais significativas ocorrerem no leucograma, nas provas inflamatórias, nas enzimas hepáticas, no D-dímero e na concentração de citocinas. Objetivo: Evidenciar a importância da identificação de alterações laboratoriais inespecíficas para condução do tratamento e definição do prognóstico em pacientes infectados com a COVID-19. Método: Trata-se de um revisão de literatura descritivo-exploratória assentada em dados das plataformas Scielo e PebMed e revistas científicas do ano de 2020. Resultados: Na pandemia por SARS-CoV-2, o laboratório clínico é importante ferramenta para diagnosticar, acompanhar e definir o prognóstico da doença. Sabe-se que a COVID-19 é uma infecção sistêmica que tem profundo impacto, em especial, sobre a hematopoiese e a hemostasia. As alterações laboratoriais mais habitualmente observadas incluem: aumento da proteína C reativa (PCR), da taxa de sedimentação dos eritrócitos (VHS) e do D-dímero; redução da hemoglobina e da contagem total de leucócitos; e elevação das transaminases hepáticas. Nos pacientes com progressão da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), é possível observar aumento de citocinas inflamatórias, como as interleucinas 6 e 10, bem como depleção de linfócitos CD4 e CD8, tempo prolongado de protrombina e trombocitopenia. Conclusão: Atenção especial deve ser dada aos exames laboratoriais inespecíficos que, associados às condições clínicas dos pacientes, podem direcionar o tratamento e sugerir o prognóstico.
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