Acidentes com Animais Peçonhentos no Município de Jataí: Um Estudo Transversal

Acidentes com Animais Peçonhentos no Município de Jataí: Um Estudo Transversal

• Autor
• Giovana Rocha Queiroz
• Co-autores
• Marcela Lemes Marquez da Cunha , Larissa Junqueira Batista , Pedro Vinicius Leite de Sousa
• Resumo

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  INTRODUÇÃO:

  Acidente por animais peçonhentos é um problema de saúde pública, sendo responsável por grande morbimortalidade, principalmente para as populações rurais em várias partes do mundo. Apesar de sua grande importância mundial, estes acidentes estão incluídos na lista de doenças tropicais negligenciadas.

  OBJETIVO:

  Analisar a prevalência dos tipos de acidentes por animais peçonhentos que ocorreram no município de Jataí - Goiás, com base em faixas etárias e o tempo de atendimento, entre os anos de 2015 e 2019.

  MÉTODO:

  Utilizou-se dados secundários do Portal da Saúde (DATASUS), por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sobre acidentes por animais peçonhentos em Jataí - GO.  A seleção das informações ocorreu por meio dos filtros do próprio sistema. Como abrangência geográfica foi selecionado o estado de Goiás e o município de Jataí com base no local de notificação dos casos e, posteriormente, as seleções consistiram em um cruzamento de dados entre o tipo de acidente com base na faixa etária da população acometida e o tempo de atendimento entre o evento e o manejo dos casos, tendo em vista os anos de 2015 a 2019.

  RESULTADOS:

  Entre os anos de 2015 a 2019 registrou-se 483 casos de acidentes por animais peçonhentos no município de Jataí. Os acidentes por serpentes foram os mais comuns (42,4%), seguido por escorpiões (17,8%) e abelhas (13%). A maioria das serpentes correspondiam ao gênero Bothrops (35%). Os acidentes foram mais frequentes na faixa etária de 40 a 59 anos (32,9%), seguido pela de 20 a 39 (31,3%). Todas as faixas etárias, com exceção dos indivíduos com mais de 60 anos, foram atingidas em maior proporção por serpentes e escorpiões. Nesta, os acidentes mais comuns foram serpentes (45%) e abelhas (17,5%). 57,3% das vítimas foram atendidas na primeira hora. Não houve relação entre o tipo de acidente e o tempo de atendimento. Do total de casos ocorreu um óbito por picada de aranhas e outro por serpentes.

  CONCLUSÃO:

  A maior prevalência de acidentes por serpentes e escorpiões provavelmente relaciona-se ao grande número de trabalhadores rurais na região goiana. Tendo em vista o número de óbitos e o início do tratamento, infere-se que a rapidez deste pode interferir positivamente no prognostico dos pacientes.

   

• Palavras-chave
• Animais Peçonhentos, Acidentes de Trabalho, Serpentes, Tratamento de Emergência
• Modalidade
• Pôster
• Área Temática
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