INTRODUÇÃO: A mortalidade neonatal é o principal componente da taxa de mortalidade infantil. Os recém-nascidos de muito baixo peso representam parcela significativa dos óbitos, refletindo a qualidade da assistência. OBJETIVO: Descrever aspectos clínicos e epidemiológicos relacionados aos recém-nascidos com peso ao nascer de 500 a 1.499 gramas, que foram a óbito no período neonatal, no Piauí, de 2014 a 2017. MÉTODO: Realizou-se um estudo observacional, descritivo, retrospectivo, quantitativo, utilizando-se dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos e Sistema de Informação de Mortalidade. A amostra correspondeu a 902 nascidos vivos de mães residentes no Piauí com menos de 1.500 gramas e que foram a óbito no período neonatal, sobre os quais descreveram-se dados maternos, obstétricos e clínicos do recém-nascido. RESULTADOS: A Taxa de Mortalidade Neonatal foi de 11,07 para cada mil nascidos vivos. Nasceram 2.114 crianças com menos de 1.500 gramas, sendo que 42,66% (902) foram a óbito durante os primeiros 27 dias. 13,1% das mães possuíam mais de 35 anos e a maioria tinha 8 ou mais anos de estudo. O parto vaginal foi o mais frequente (563/62,41%). A maioria dos recém-nascidos eram do gênero masculino (43,45%), 60,75% tinham peso inferior a 1.000 gramas e 45,35% eram prematuros extremos. 75,05% dos óbitos ocorreram até o sexto dia, 86,7% deles eram evitáveis. CONCLUSÃO: Os óbitos ocorreram principalmente em recém-nascidos masculinos, com um menor peso ao nascer e prematuridade extrema, de forma precoce e por causas evitáveis, o que sugere a necessidade de melhorias na assistência perinatal.
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