Introdução: O quadro de hiperglicemia associada a um aumento na produção de corpos cetônicos é conhecido como cetoacidose diabética (CAD). Além disso, a hiperglicemia leva à glicosúria e à desidratação, enquanto que a produção excessiva de corpos cetônicos agrava a acidose metabólica decorrente da desidratação. Nesse sentido, em crianças, a principal complicação da terapia para a cetoacidose diabética é o edema cerebral. A CAD é a principal causa de morbimortalidade em crianças com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) devido à desidratação secundária e às múltiplas alterações bioquímicas associadas, principalmente hidroeletrolíticas e ácido-básico. Objetivos: Trata-se de um estudo por meio de revisão sistemática. Buscando, analisar as perspectivas do quadro de cetoacidose diabética em pacientes pediátricos. Metodologia: Como instrumento utilizado para obtenção de dados bibliográficos acerca da temática, consultou-se as bases de dados: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), PubMed e Medline, no período compreendido de 2011 a 2021. Foram utilizados os seguintes descritores: “diabetes mellitus’’, ‘’cetoacidose diabética” e “crianças”, de acordo com os Descritores em Ciências e da Saúde. Para análise, os critérios de seleção foram: artigos de pesquisa, estudos de caso, dissertações e teses. Resultados e discussão: A desidratação e acidose graves decorrentes da CDA podem levar à ruptura da barreira hematoencefálica com subsequente liberação de mediador inflamatório e aumento do fluxo sanguíneo cerebral, resultando em edema em pacientes pediátricos. Outrossim, a CDA está presente quando existe uma acidose metabólica com um pH arterial abaixo de 7,3 ou um bicarbonato plasmático abaixo de 15 mEq/dl e um aumento inapropriado na concentração de corpos cetônicos no sangue e, consequentemente, na urina. A CDA pode ocorrer em crianças com diabetes no início devido a deficiência severa de insulina, em pacientes estabelecidos por não tomar insulina, estresse agudo e má gestão do dia doente. Desse modo, o ajuste precoce do desequilíbrio hidroeletrolítico e a infusão intravenosa contínua de microdoses de insulina são usados como tratamento principal. Conclusão: Portanto, a conduta clínica tem como fito corrigir a perda hídrica e o déficit de insulina, bem como prevenir complicações, em pacientes pediátricos. É imprescindível o acompanhamento regular e a prevenção da CDA.
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