INTRODUÇÃO: Parto prematuro é definido como o nascimento antes da 37ª semana de gestação, sendo eletivo ou espontâneo. Por causar diversas complicações fetais, é ele uma grande causa de óbitos até 5 anos de idade. Assim, opta-se pelo uso de corticoides pré-natais a fim de evitar complicações da prematuridade. OBJETIVO: Em virtude das diversas condições clínicas que levam à prematuridade do parto, motivou-se a realização desta revisão integrativa, a fim de evidenciar as vantagens e desvantagens do uso de corticosteróides em gestantes com risco de parto prematuro. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa realizada por meio de pesquisas nas bases de dados Pubmed e BVS, com a utilização das seguintes palavras-chave: “corticosteroids”, “premature birth” e “lung”, limitando a busca pelo ano de publicação não inferior a 2017, idioma em inglês, texto completo e gratuito. Foram encontrados 45 resultados na PubMed e 139 na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde, sendo que o critério de inclusão foi baseado na análise do resumo dos artigos, avaliando sua relevância para a realização desta revisão. Dessa forma, foram selecionados 7 artigos, os quais foram submetidos à leitura rigorosa para a coleta de dados. RESULTADOS: Prematuros apresentam diversos tipos de morbidades, sobretudo respiratórias, como resultado da imaturidade pulmonar, sendo este um dos principais riscos vinculados à prematuridade. Como medida preventiva, administra-se corticoide nas gestantes com risco de parto prematuro para estimular a maturação pulmonar. No entanto, a utilização destes fármacos também se associa a outros benefícios, como redução de enterocolite necrosante, hemorragias intraventriculares, sepse, paralisia cerebral e mortalidade perinatal. Apesar disso, os riscos de morte na infância e na vida adulta são incertos, mas sabe-se que seu uso se relaciona a alterações no desenvolvimento infantil, na pressão arterial e na mielinização do SNC materno e hiperglicemia materna associada à hiperinsulinemia e hipoglicemia fetal. CONCLUSÃO: A exposição de gestantes com risco de parto prematuro á corticoides se vincula a uma menor morbimortalidade neonatal, sobretudo na prevenção da síndrome do desconforto respiratório. Ademais, os danos do uso desse fármaco na prematuridade devem ser explorados para maior qualidade do estudo.
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