USO DE RETALHO NEUROVASCULAR HETERODIGITAL EM ILHA PARA COBERTURA DO POLEGAR

  • Autor
  • Paloma Lealdini Luis
  • Co-autores
  • Alana Cardoso Alberto , Eliza Pickler Bratti , Victória Luíza Ferrão Chaves , Sofia Guerra Machado
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: O dedo polegar desempenha papéis fundamentais na função da mão, como: preensão, pinça digital, sensibilidade e mobilidade. Lesões neste dedo são causadas, principalmente, por traumas, podendo afetar a função das mãos em maiores proporções, em comparação à lesão nos demais dedos. As lesões do polegar e do seu terço distal são comumente tratadas com retalhos locais. Contudo, além desses retalhos, há a opção do retalho neurovascular heterodigital em ilha para a cobertura do polegar, sendo este um procedimento de fase única, que possui a função de fornecer uma pele vascularizada e inervada através da utilização da artéria e nervo digitais. Além disso, esse retalho é uma escolha para defeitos pulpares maiores e com necessidade de boa recuperação neurossensorial, uma vez que usa a pele do dedo anelar como sítio doador para reconstrução da polpa digital do polegar. A principal desvantagem deste tipo de retalho é a morbidade da área doadora. O objetivo desta revisão é avaliar o uso do retalho neurovascular heterodigital em ilha para a cobertura do polegar. MÉTODOS: Foi realizada busca manual e encontrados artigos nas plataformas SciELO (2017), PubMed (2019 e 2020) e na Revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (1997 e 2001). Os critérios de inclusão tinham como objetivo selecionar artigos que apresentassem indicações, métodos e resultados para uso de retalhos locais e neurovasculares heterodigitais. RESULTADOS: Algumas das indicações para o uso de retalhos em ilha heterodigital são traumas com perdas extensas da polpa digital do polegar e a necessidade de reconstrução em tempo único, minimizando o risco de infecções. Contraindicações do procedimento podem ser: esmagamento, lesão penetrante ou infecções graves, uma vez que os vasos doadores podem estar comprometidos. As etapas do método consistem em: planejamentos pré e intra-operatórios com seleção do dedo doador; dissecção do retalho com elevação das estruturas neurovasculares digitais e liberação dos ligamentos; e posicionamento do retalho e cobertura do  local doador com  enxerto de pele. Os estudos descrevem que o retalho de ilha vascularizado heterodigital possui vantagens como: restaurar funcionalmente grandes defeitos de tecidos moles em um único tempo cirúrgico e não causar rigidez e contraturas do dedo receptor, permitindo a mobilização pós-operatória precoce. Isto porque, um dos objetivos deste retalho é recuperar a função e a sensibilidade, respeitando os limites estético-funcionais, com a mínima morbidade da área doadora. Contudo, desvantagens que o retalho pode apresentar podem ser: intolerância ao frio por perda da artéria pedicular, cicatriz inestética, fenômeno de dupla localização e déficit da sensibilidade. Percebe-se então que a escolha cirúrgica do tipo de retalho a ser utilizado em traumas de mão depende do dígito, tipo e extensão da lesão. Antigamente, as perdas cutâneas extensas eram cobertas com retalhos distantes do pedículo temporário, resultando em dedos insensíveis, sequelas estéticas da área doadora e rigidez articular. Na atualidade, as indicações para este tipo de retalho são infreqüentes devido ao surgimento dos retalhos em ilha, cuja técnica permite a reconstrução em tempo único com boa qualidade e sensibilidade.

  • Palavras-chave
  • reconstrução pós-desastre, perdas digitais distais, retalhos heterodigitais
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